No dia 31 todos nas ruas contra a Reforma da Previdência

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Na sexta-feira, 31 de março, as Centrais Sindicais e entidades dos movimentos sociais de todo o país, realizarão um grande dia de mobilização contra a terceirização e as reformas da previdência e trabalhista, em tramitação no Congresso Nacional. Esse Dia Nacional de Mobilização vai preparar a realização de uma Greve Geral Nacional, marcada para o dia 28 de abril.

Em Porto Alegre haverá várias manifestações dos trabalhadores ao longo do dia e um grande ato na Esquina Democrática, com concentração às 17 horas, contra as reformas da Previdência e trabalhista e o projeto da terceirização irrestrita do governo Temer/PMDB, e, também, contra os ataques do governo Sartori/PMDB. A direção da UGEIRM está convocando todos os policiais da capital e da região metropolitana, para participarem do Ato na Esquina Democrática. Também serão organizadas manifestações no interior do Rio Grande do Sul e a UGEIRM orienta os policiais civis a se incorporarem a esses atos, em conjunto com as várias categorias de trabalhadores.

Atos do dia 15 de março mostraram que podemos derrotar o governo Temer/PMDB

No dia 15 de março, foram realizadas manifestações contra a Reforma da Previdência, que reuniram mais de 1 milhão de pessoas por todo o país. Após esses atos, o governo acusou o golpe e já ensaiou um recuo em alguns pontos da proposta que está no Congresso Nacional. A base do governo é extremamente frágil e, na própria votação da Terceirização, se fosse uma PEC, como a da Previdência, Temer/PMDB não teria os votos necessários para aprovação.

A diretora da UGEIRM, Neiva Carla, chama os policiais para a mobilização. “No dia 15 de março, já demos uma mostra do que a nossa mobilização é capaz. Agora, temos que multiplicar o número de pessoas nas ruas. Esse governo Temer/PMDB é um governo fraco e que não tem nenhum compromisso com o povo brasileiro. Somente a mobilização dos trabalhadores vai conseguir fazer ele recuar. Por isso, no dia 31 de março não podemos ficar dentro de casa vendo nosso futuro ser destruído. Se não sairmos às ruas agora, nossos filhos viverão em um país onde o trabalho será totalmente desregulamentado e sem nenhuma garantia. Onde a aposentadoria será uma vaga lembrança do passado e direitos como férias, 13º salários e FGTS serão palavras esquecidas. O culpado por isso será o governo Temer, mas os responsáveis por ele não ter encontrado resistência, serão os que se calaram diante desses absurdos. Agora não é hora de ficarmos calados e parados. Vamos todos às ruas no dia 31 de março”, conclui Neiva.

Recuo de Temer era manobra para desmobilizar servidores

O que a UGEIRM já denunciava, se confirma agora. O suposto recuo do governo Temer, ao anunciar que iria retirar os servidores estaduais e municipais da reforma da Previdência, era apenas uma manobra para tentar desmobilizar os servidores, particularmente os policiais e professores. Ontem, o ministro Eliseu Padilha anunciou à base aliada, que será feita uma emenda ao projeto, determinando que os governos estaduais e municipais terão seis meses para aprovar uma reforma previdenciária para seus servidores. Caso não cumpram a diretriz, serão obrigados a seguir as normas do regime federal. Ou seja, nenhum governo estadual, em fim de mandato, conseguirá aprovar uma reforma da Previdência em seis meses. Logo, policiais e professores estarão submetidos ao projeto que será votado no Congresso Nacional.

Por isso, o presidente da UGEIRM, Isaac Ortiz, avisa: “não dá para tentar emendar esse projeto ou achar que alguém conseguirá livrar a cara, caso ele seja aprovado. Temos que rejeitar a reforma da Previdência na íntegra. E isso só será possível com muita mobilização e pressão sobre os deputados e senadores”.