Bandidos invadem e quebram tudo em escola de Porto Alegre

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A crise de violência por que passa o nosso estado já está afetando de forma grave os outros serviços públicos. Nesta segunda-feira (20), a Escola Estadual de Ensino Fundamental Érico Verissimo, localizada na Zona leste da Capital, amanheceu completamente depredada. De acordo com fontes da polícia, a atividade pode ter incomodado as facções locais que se encontram em constante conflito. A situação chegou a tal ponto, que moradores de algumas regiões são proibidos de frequentar a escola, pois moram em uma área dominada por uma facção rival.

erico_verissimo2Essa é a situação criada pela política irresponsável do governador Sartori/PMDB. Populações inteiras reféns de criminosos. Fazer confraternização com policiais virou um risco. Esse é o reflexo da total ausência do Estado nessas comunidades. Não é apenas a polícia que está ausente, é o Estado como um todo. Porém, é importante sabermos que isso tudo é reflexo de uma política que vem desde o início do ano passado. Quando anunciou o congelamento dos investimentos, a suspensão da contratação de novos servidores e um desmonte histórico dos serviços públicos, o governador Sartori/PMDB sabia que o resultado seria esse. No início do ano passado a UGEIRM já alertava que essa política levaria o RS a uma situação insustentável. Infelizmente, o sindicato estava certo.

No final de junho o governo anunciou um pacote para a segurança pública. As principais medidas foram a convocação dos policiais já aprovados em concurso público e a abertura de novas vagas em presídios. O anúncio do pacote foi noticiado durante três semanas, provocando uma natural ansiedade em uma população totalmente carente de medidas na área da segurança. Porém, o anúncio foi um anticlímax. Em uma solenidade midiática, nenhuma política séria de segurança foi anunciada. Nenhum Plano pensado para combater a violência. O Plano se resume a medidas emergenciais, necessárias, mas que logo estarão ultrapassadas. O déficit de policiais não vai ser nem arranhado com a convocação dos novos policiais. Sem uma discussão de uma política para o sistema prisional do Estado, logo os presídios estarão novamente superlotados.

O governo Sartori/PMDB precisa entender que uma política de segurança é muito maior do que a contratação de mais policiais e abertura de novas vagas em presídios. Se não entender isso, infelizmente a população gaúcha terá que conviver, cada vez com mais frequência, com situações como a da escola Érico Veríssimo.