Pressionado, Sartori/PMDB revoga orientação para negar aposentadoria policial
O governo Sartori/PMDB reconheceu seu erro e recuou da orientação, dada pela PGE, em negar os pedidos de aposentadoria com base na aposentadoria especial da Polícia Civil. Na manhã desta terça-feira (11), já foram publicadas no Diário Oficial do Estado a revogação de vários atos que negavam a aposentadoria de policiais civis.
Sartori/PMDB só recuou, após a grande repercussão e mobilização dos Agentes e das Agentes da Polícia Civil. Toda a movimentação feita pela UGEIRM, criou uma situação insustentável para o governo. A atuação do sindicato que, ao mesmo tempo que mobilizou a categoria, fez uma grande articulação com parlamentares, além de acionar a Chefia de Polícia, colocou o governo em uma situação onde a única alternativa era recuar na sua determinação de não reconhecer a aposentadoria especial da Polícia Civil e a Aposentadoria da Mulher Policial.
Em toda essa movimentação, é importante salientar o papel dos aliados dos Policiais Civis, que pressionaram o governo e alertaram das consequências dessa atitude. A atuação do deputado Ronaldo Santini (PTB) que fez várias gestões junto ao governo, em particular junto ao Chefe da Casa Civil Fábio Branco, do ex-chefe de polícia e atual secretário de segurança de Canoas, Delegado Ranolfo (PTB), que também pressionou o governo para recuar da sua posição, além do posicionamento firme do Chefe de Polícia, Delegado Emerson Wendt, que desde o primeiro momento se colocou ao lado dos policiais civis, foram fundamentais para a nossa vitória.
Essa foi uma vitória dos agentes, e particularmente das agentes da Polícia Civil, que se mobilizaram e mostraram para o governo que não vão aceitar a retirada de seus direitos, conquistados com muita luta. Porém, sabemos que, assim como o reajuste da nossa Tabela de Subsídios que constantemente é ameaçado pelo governo, a nossa aposentadoria não está completamente segura e garantida. O governo recuou, porque viu que a reação dos policiais seria muito grande. Porém, se os Agentes tivessem aceitado passivamente essa atitude absurda, este seria mais um direito perdido pelos policiais.
O presidente da UGEIRM, Isaac Ortiz, alerta que “agora, não é hora de relaxarmos. Tivemos uma vitória importante, que mostrou a força dos e das agentes da Polícia perante o governo. Porém, sabemos que nossa aposentadoria não está garantida. Temos que continuar mobilizados e trabalharmos para que a nossa aposentadoria não fique dependente da vontade política de qualquer governo. Por outro lado, temos que usar a mesma força que demonstramos nessa luta, para exigirmos a publicação das promoções e o fim do parcelamento dos salários. Não temos tempo para comemorarmos, hoje a tarde já temos uma nova batalha na Assembleia legislativa, com a votação das PECs do Pacote de Maldades do governo Sartori/PMDB. Temos que lotar a Assembleia legislativa e impedir que o governo oficialize o atraso de salários e do nosso 13º. A tentativa de ataque à nossa aposentadoria nos mostrou o caminho a seguir: grande mobilização e articulação inteligente para garantirmos nossos direitos”.