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Direção da UGEIRM convoca reunião do Conselho de Representantes para deliberar sobre paralisação da categoria

A direção da UGEIRM reuniu na tarde desta quinta-feira (14), para discutir os próximos passos da mobilização da categoria. Após avaliar as últimas mobilizações e as negociações com o governo Eduardo Leite, a direção deliberou pela convocação do seu Conselho de Representantes, quando será debatida a proposta de paralisação da categoria.

Sem Promoções e reajuste salarial, categoria chegou ao seu limite

Na avaliação da direção do Sindicato, a situação atual chegou ao seu limite. O eterno adiamento da publicação das Promoções da Polícia Civil, a posição do governo de não conceder nenhum tipo de reposição salarial, a movimentação para barrar a tramitação do PL da Paridade e da Integralidade na CCJ, o impasse sobre a equiparação dos Comissários com os Capitães da BM e o aumento das alíquotas do IPE-Saúde, entre outros ataques ao funcionalismo público, demonstram que o Governo quer, novamente, jogar nas costas dos servidores públicos a sua falta de capacidade para sanear as contas do estado.

Excesso de trabalho e más condições de trabalho têm levado policiais ao adoecimento

A situação dos (as) Policiais Civis é extremamente preocupante. O excesso de trabalho, decorrente do enorme déficit de pessoal, tem penalizado a saúde dos policiais civis. A realização de operações policiais midiática, que tem como principal objetivo lustrar a imagem do Governo, acontecem sem o pagamento antecipado das horas extras que, quando são pagas, na maioria das vezes não correspondem ao tempo trabalhado. O assédio moral dentro da instituição e as péssimas condições de trabalho, têm levado a categoria ao adoecimento, atingindo, inclusive, a saúde mental dos (as) policiais civis do nosso estado. A categoria exige mais valorização e menos propaganda, por parte do governo do estado.

Enquanto cúpula recebeu até 40% de reajuste, policiais estão com salários congelados

Enquanto destaca, em sua propaganda, a queda histórica nos índices de violência, fruto do trabalho dos profissionais da segurança pública, o governo trata esses mesmos trabalhadores a pão e água. Em todas as negociações, os representantes do governo deixaram claro que os servidores não estão entre suas prioridades. O Presidente da UGEIRM, Isaac Ortiz, lembra que, “antes mesmo de iniciar seu segundo mandato, o Governador Eduardo Leite e a Assembleia Legislativa concederam reajustes de até 40% para a cúpula do Executivo, do Legislativo e do Ministério Público. Porém, para o restante do funcionalismo, o governo se negou até mesmo a negociar a reposição salarial. Ao receber as reivindicações das categorias, rechaçou-as de imediato, não admitindo nem mesmo discutir os índices colocados pelos sindicatos”.

Só mobilização da categoria vai fazer governo negociar

Ortiz prossegue com a convocação da categoria: “diante da intransigência do governo, só nos resta aprofundar nossa mobilização e a pressão sobre o governo. Vamos discutir formas de mostrar para a população que os mesmos trabalhadores que garantem a queda de todos os índices de violência, estão sem reajuste, sem promoções e adoecendo devido às péssimas condições de trabalho. Quando as reuniões de negociação não avançam, a saída é ir para as ruas pedir o apoio da sociedade para dobrar a intransigência do governo. Vamos reunir nosso Conselho de Representantes e preparar nossa mobilização, colocando em discussão a possibilidade de uma paralisação de advertência, com mobilização por todo o estado”.

O Vice-presidente da UGEIRM, Fabio Castro, destaca “que o Conselho de Representantes é a instância soberana para determinar os rumos da nossa mobilização. É através da representatividade dele, que teremos as condições para mobilizar o conjunto da categoria e pressionar o Governo. Por isso, a importância dessa reunião para determinarmos as nossas formas de luta e a resposta que daremos ao governo”.