2ª DP de Novo Hamburgo, a pior delegacia do Rio Grande do Sul
A direção da UGEIRM esteve, na tarde desta quarta-feira (03), na 2ª Delegacia de Polícia de Novo Hamburgo. O quadro encontrado remete aos piores pesadelos para qualquer trabalhador. As condições de trabalho não poderiam ser piores. Um prédio caindo aos pedaços, com fiação exposta, paredes com rachaduras que dão a impressão que podem desabar a qualquer momento, infiltrações que tomam toda a parede, um cheiro de mofo insuportável, condições sanitárias dignas de um prédio abandonado e o risco permanente de incêndio, devido às precárias instalações elétricas, fazem parte do cotidiano dos (as) policiais lotados (as) na pior delegacia do estado.
A 2ª Delegacia de Polícia de Novo Hamburgo talvez seja o retrato mais acabado do abandono da segurança pública no nosso estado. O que espanta qualquer um que entra no prédio onde está localizada a DP, é como os (as) policiais ainda conseguem executar suas funções em condições tão precárias. Se somarmos essas condições, aos salários em atraso e ao déficit de pessoal, não seria exagero dizer que esses (as) profissionais mereciam um prêmio por continuar trabalhando e se dedicando à profissão de policial civil.
A direção da UGEIRM se reuniu com os (as) policiais e ouviu as suas reivindicações. Ao final da visita, a direção informou que encaminhará, ao Ministério Público, um pedido de interdição imediata do prédio. Também será encaminhada uma requisição de vistoria do Corpo de Bombeiros e da Vigilância Sanitária, procurando comprovar a total falta de condições de funcionamento da delegacia no seu prédio atual.
O presidente da UGEIRM, Isaac Ortiz, ressaltou o risco a que estão submetidos (as) os (as) policiais lotadas na delegacia. “Não é possível que, em pleno 2019, trabalhadores tenham que se submeter a condições como as que encontramos na 2ª DP de Novo Hamburgo. Esses policiais estão expostos a riscos claros. Quando olhamos as paredes da DP, vemos rachaduras que representam um claro comprometimento estrutural. O prédio não tem PPCI do Corpo de Bombeiros e as condições sanitários são absurdas, expondo cotidianamente os policiais a doenças. Quem passa algumas horas aqui já sente o incômodo, imagine quem tem que trabalhar aqui o dia inteiro? Como executar um trabalho eficiente nessas condições? Se o governo não toma providências, o Ministério Público precisa se pronunciar imediatamente. Essa delegacia tem que ser fechada o mais rápido possível, ela representa uma vergonha para a Polícia Civil gaúcha”.
