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Briga entre hospitais e IPE-Saúde expõe chantagem com segurados

Um grupo de 18 hospitais, responsável por 60% das demandas do IPE-Saúde, anunciou ontem, dia 29 de abril, que vai suspender atendimentos eletivos após o dia 6 de maio. Mais de 25 mil segurados que têm procedimentos agendados não serão atendidos e já estariam sendo comunicados dessa suspensão. O IPE-Saúde fez uma contranotificação prévia aos hospitais.

As alegações para suspender atendimentos eletivos dizem respeito à nova tabela do IPE-Saúde. Os hospitais, que têm divergência sobre valores que recebem para diárias, materiais, medicamentos etc, tentaram, sem sucesso, suspender judicialmente a aplicação da nova tabela. Na contranotificação feita ontem, o IPE-Saúde, entre outras questões, afirma haver prazo mínimo de 30 dias para rescisão unilateral de contratos (veja íntegra do documento ao fim desta notícia).

Na avaliação da Ugeirm, o funcionalismo público está sendo usado como instrumento de chantagem na briga entre hospitais e IPE-Saúde, o que é inaceitável. A inabilidade de negociação do governo com os policiais civis, aliás, está cada vez mais evidente. “A falta de reajuste nos salários é um dos principais pontos para a gradual falência do IPE-Saúde, que fica com sua receita constrangida”, observa o vice-presidente do sindicato, Fábio Castro.

Se, por um lado, é possível compreender que uma nova tabela corrija sobrepreços, também é necessário apontar os erros da atual gestão. “O governador Eduardo Leite também fez uma reforma no IPE-Saúde, na qual todos nós estamos pagando mais e, como contrapartida, ficamos com atendimentos piorados. Isso deixa claro que sua autoproclamada gestão moderna é, na verdade, lesiva ao funcionalismo”, finaliza Isaac Ortiz, presidente da Ugeirm.

Clique aqui para ver a contranotificação do IPE-Saúde aos hospitais