Governo Leite engana os policiais sobre a antecipação da 1ª parcela do reajuste salarial
A primeira tentativa de ludibriar os policiais, aconteceu em agosto. Após se comprometer em enviar ao Governo federal um pedido para que fosse autorizado a antecipar a 1ª parcela do reajuste para o mês de outubro, a Casa Civil “esqueceu” de fazer o devido pedido. Provocado por uma denúncia efetuada pela UGEIRM e a publicação de uma Nota conjunta das entidades da segurança pública (clique aqui e veja a Nota), o governo finalmente “lembrou” de enviar o ofício ao Governo Federal.
Agora, verificamos que o governo continua tentando enganar os policiais civis. O ofício encaminhado demonstra que não existe a mínima intenção de que, realmente, aconteça a antecipação do pagamento. Após a direção do sindicato tentar, junto à Casa Civil, ter acesso ao documento e receber como resposta que a UGEIRM deveria se informar no Ministério da Fazenda, o sindicato conseguiu a informação que o pedido não cumpria os requisitos previstos em lei. O que chegou ao governo federal foi um ofício que não trazia as informações mínimas exigidas pela legislação que decretou a estado de emergência no RS, como, por exemplo, a justificativa para a antecipação do pagamento do reajuste e a comprovação da capacidade financeira do estado.
A direção da UGEIRM prossegue na sua luta, para que o governo Eduardo Leite cumpra o prometido e antecipe o pagamento da 1ª parcela, pelo menos para o mês de novembro. É importante lembrar que o governo se comprometeu, com os deputados que votaram a favor do PL do reajuste, a fazer todos os esforços para que ocorresse a antecipação do pagamento. Mas, o que vimos, até agora, foi que o esforço do governo se resumiu ao envio de um ofício que não respeita nem mesmo a legislação. Essa postura demonstra a quase inexistente preocupação do governo com a situação dramática dos policiais civis gaúchos.
O Vice-presidente da UGEIRM, Fabio Castro, lembra que “o governo já superou a arrecadação do ano de 2023, superando com sobras a crise causada pelas enchentes de maio. O discurso catastrófico do governo, que previa uma perda de mais de R$ 10 bi, se mostrou completamente equivocado. Até agosto desse ano, a arrecadação do estado teve um crescimento de R$ 1,5 bilhão em relação ao que havia sido apurado em igual período de 2023. Esses dados deveriam ter sido utilizados pelo governo Eduardo Leite, para convencer o governo federal da viabilidade da antecipação do reajuste. Sem contar os inúmeros exemplos do trabalho exemplar da segurança pública durante as enchentes e a necessidade da manutenção desse serviço, para a população gaúcha. Esse episódio demonstra que o governo age de forma desonesta com os policiais. A simulação da intenção de adiantar o reajuste dos servidores da segurança pública é um verdadeiro escárnio com a nossa categoria”.