Proposta de orçamento prevê pagamento do reajuste da Tabela de Subsídios
Na proposta de orçamento para 2016, encaminhada pelo governo do Estado na última quarta-feira, está previsto o pagamento das duas parcelas do reajuste, aprovado ainda no governo Tarso Genro, para a Segurança Pública. Com isso, teoricamente, estaria garantido o reajuste da Tabela de Subsídios da Polícia Civil. O orçamento foi entregue na Assembleia Legislativa a portas fechadas.
A previsão dos reajustes no orçamento de 2016 é uma vitória dos trabalhadores da Segurança Pública. As paralisações, a mobilização pelo interior do Estado, os bloqueios efetuados pelos familiares dos brigadianos, as duas grandes marchas da Polícia Civil, parecem ter feito o governo recuar na sua ideia inicial de adiar os reajustes. Porém, uma declaração do secretário do Planejamento e Desenvolvimento Regional, Cristiano Tatsch, deixa a porta aberta para um possível ataque do Governo. De acordo com o secretário “mesmo com toda prudência impressa nas diretrizes da LDO 2016, o déficit permanece, pois as receitas caem enquanto que a maior parte das despesas ainda cresce. Com isso, reforça-se a necessidade de irmos em busca de incremento nas receitas próprias, sem deixar de rever determinadas despesas que ainda possam sofrer uma readequação”. Sem deixar claro quais são as despesas que podem ser revistas, Tatsch levanta a possibilidade um possível corte adicional de despesas para 2016, talvez como uma forma de pressão para a aprovação do aumento do ICMS, que está em discussão na Assembleia.
Para o presidente da UGEIRM, Isaac Ortiz, “a inclusão das parcelas do reajuste da nossa Tabela de Subsídios no orçamento é uma conquista da nossa categoria. Se tivéssemos ficado calados, provavelmente o governo Sartori teria adiado esses reajustes para o ano fiscal seguinte. Porém, não podemos relaxar. Sabemos que o objetivo do Governo é cortar ainda mais os investimentos em Segurança Pública. No dia 22 de setembro precisamos ir para a Praça da Matriz e pressionar os deputados pela rejeição do aumento de impostos e do PLC206/2015. Sartori recuou porque está perdendo a opinião pública, que se colocou ao lado dos trabalhadores da Segurança Pública e contra o parcelamento dos salários e o sucateamento da Segurança do nosso Estado. Temos que entender que o aumento de impostos penaliza os menores, que são os nosso aliados na luta por uma Segurança Pública de qualidade e salários dignos para os trabalhadores”.