Representante do Governo Bolsonaro diz que não vai atender reivindicações de policiais
A União dos Policiais Brasileiros (UPB) se reuniu, na manhã desta terça-feira (14) em Brasília, com o Secretário de Previdência do governo Bolsonaro, Rogério Marinho. O objetivo do encontro, era apresentar ao governo a insatisfação dos Policiais Federais, Civis e Rodoviários Federais, com a proposta de reforma da Previdência em tramitação no Congresso Nacional.
Na reunião, os representantes dos (as) policiais indagaram ao secretário se existe alguma margem de negociação que possa suspender ou diminuir os impactos da reforma para os operadores de Segurança Pública. O representante do governo Bolsonaro foi enfático: “todos os segmentos têm que dar a sua parcela de contribuição e sacrifício, inclusive os policiais”. Os representantes da UPB argumentaram que os militares estão tendo um tratamento diferenciado em relação às forças de segurança pública, e que a “contribuição” dos militares para a reforma é muito menor do que o sacrifício exigido dos policiais do segmento civil.
Questionado sobre pontos específicos da reforma, Rogério Marinho respondeu que a regra de transição, inexistente para os policiais, a não diferenciação de idade mínima entre homens e mulheres policiais e a diferença das alíquotas de contribuição entre civis e militares, não estão em discussão e que o governo não abre mão dessas propostas. Deixando claro que não haverá negociação sobre a reforma da Previdência com os policiais.
Para o presidente da UGEIRM, Isaac Ortiz, “essa reunião deixou claro que não existe possibilidade de diálogo com o governo Bolsonaro. Apesar de se eleger com a bandeira da segurança pública e posar de defensor dos policiais, o que vemos na prática de governo é o contrário. Se quisermos garantir nossos direitos, teremos que pressionar os parlamentares e alterar ou rejeitar a reforma da Previdência com muita mobilização. Somente com os policiais nas ruas, pressionando os deputados, é que conseguiremos manter nossa aposentadoria. As mobilizações dos trabalhadores da Segurança Pública no dia 13 e da Educação no dia 15, nos mostraram o caminho. Agora é ocuparmos Brasília no dia 21 de maio e prepararmos uma grande paralisação unificada, com todos os trabalhadores brasileiros, para derrubarmos de vez essa reforma da Previdência, como fizemos com o governo Temer. Se a Segurança Pública ainda tinha alguma esperança de ser ouvida por esse governo, essa reunião mostrou o que nos espera de verdade”.
Fonte: http://cobrapol.org.br/cobrapol-com-upb-cobra-do-governo-mudancas-na-pec-da-previdencia/