Segundo dia de paralisação lota Praça da Matriz para pressionar o governo

O segundo dia de paralisação da segurança pública, nesta quinta-feira (31), repetiu a mobilização do dia 29 e mobilizou a categoria em todo o estado. Além da Polícia Civil, os servidores do IGP, da SUSEPE e do DETRAN também paralisaram as atividades, em defesa de um índice aceitável de reposição salarial.

A mobilização ganhou fôlego, com a divulgação do índice de 6% de reajuste linear para todos os servidores estaduais. A tônica por todo o estado era de indignação pelo desrespeito do governo com os servidores da segurança pública. O índice encaminhado à Assembleia Legislativa, não repõe nem mesmo a inflação do último ano. Enquanto isso, algumas categorias estão a sete anos sem nenhum tipo de reajuste. No caso dos Policiais Civis, são mais de três anos sem reposição salarial.

Na Capital do estado, os servidores da segurança pública se concentraram na Praça da Matriz, em frente ao Palácio Piratini, durante todo o dia. Um grande número de Policiais Civis, servidores da SUSEPE e do IGP, ocuparam a Praça para demonstrar sua insatisfação com o índice proposto pelo governo. Enquanto os servidores se concentravam na Praça, os dirigentes das entidades percorriam a Assembleia Legislativa, onde se reuniram com o Presidente da Casa, Deputado Valdeci de Oliveira (PT). Na reunião, o parlamentar relatou as tentativas de intermediação junto ao Governo, apontando para a possibilidade de uma reunião com o governo para a próxima semana.

O presidente da UGEIRM, Isaac Ortiz, destacou a grande mobilização da categoria essa semana. “A categoria respondeu de forma muito positiva nessa semana. Por todo o estado a Polícia Civil, o IGP e a SUSEPE paralisaram suas atividades. Além disso, é extremamente positiva a solidariedade e integração dos Policiais Militares e Bombeiros Militares na nossa mobilização. Existe um aceno do governo, para uma possível reunião na próxima semana. Isso já é resultado da nossa mobilização. Porém, para que essa negociação resulte em uma conquista real para os Policiais, é necessária a manutenção e o aprofundamento da mobilização. Demos alguns passos, precisamos avançar ainda mais. A categoria não aceita o índice de 6%, apresentado pelo governo. Nós merecemos e vamos conseguir mais!”