Situação crítica dos plantonistas da DP de Marau completa um ano e continua sem solução
No último dia 22/7, a direção da UGEIRM esteve na Delegacia de Polícia de Marau, onde se reuniu com os Policiais Civis para discutir providências para a situação dos plantonistas da DP. Os problemas desses servidores se arrastam desde o início de 2023, sem que se encontre uma solução adequada. Pelo contrário, vem se agravando com o tempo, causando sérios problemas aos quatro plantonistas que, atualmente, trabalham em uma escala de 24/72 para atender os 16 municípios da região. Esses problemas tem colocado em risco a saúde e a própria integridade física desses servidores.
Essa situação já havia sido encaminhada à Chefia de Polícia, ainda no ano de 2023. Na ocasião, foi informado que seriam destinados quatro novos policiais para compor equipe no plantão de Marau. Estes seriam oriundos da turma que se formava no mês de janeiro de 2024 na Academia de Polícia. Infelizmente, após a formatura, não foi criada nenhuma nova vaga para o Plantão da delegacia de Marau. Dois novos policiais foram designados para a cidade, mas para substituir servidores que estavam de saída, com o efetivo permanecendo o mesmo. Apesar dessa grave situação ainda perdurar, sem que tenha sido encaminhada soluções por parte da Chefia de Polícia, os (as) Policiais Civis mesmo adoecidos pela rotina extenuante, seguem, firme, mantendo seus postos e tentando atender a população.
Direção do sindicato encaminhou Ofício à Chefia de Polícia buscando um diálogo e o encaminhamento de soluções para a DP de Marau
No dia 29 de julho, a direção da UGEIRM encaminhou à Chefia de Polícia, um Ofício com um relato detalhado da situação dos colegas de Marau e proposta com uma série de medidas para atenuar a situação da DP (clique aqui e veja o Ofício). As proposições encaminhadas à Chefia de Polícia, que partiram dos próprios colegas da DP de Marau, são as que seguem:
OPÇÃO 1 – TEMPORÁRIA – Atendimento em dupla com reforço presencial (na Delegacia) do sobreaviso e uma mudança de escala: composição de equipes em duplas, pelo menos nos horários noturnos em dias úteis e nas 24h aos finais de semana (momentos críticos). Atualmente a região sul conta com 25 policiais disponíveis para integrar lista de sobreaviso presencial. *Mudança de escala para 12h-24h por 12h-72H.
OPÇÃO 2 – TEMPORÁRIA – Fechamento do plantão Marau e deslocamento da equipe à DPPA de Passo Fundo Direcionar todos os atendimentos de ocorrências policiais à DPPA de Passo Fundo, cedendo a remoção dos quatro agentes lotados no plantão de Marau, para o atendimento junto à DPPA de Passo Fundo, reforçando as equipes daquela delegacia, a qual possui maior efetivo.
SOLUÇÃO DEFINITIVA – Que a Chefia de Polícia venha a designar novos agentes para compor as equipes no plantão. Em relação a quantidade de trabalho, qualquer número inferior a quatro não altera a realidade vivida pelos agentes e não supre a necessidade do básico, sendo o ideal, no mínimo o dobro do ora solicitado.
O Vice-presidente da UGEIRM, Fabio Castro, que vem acompanhando o problema dos Policiais Civis de Marau, lembra que “a UGEIRM já oficiou o Ministério Público sobre a série de irregularidades que estão sendo impostas aos policiais civis. Essas irregularidades, colocam em risco a própria segurança desses servidores, que muitas vezes são obrigados a fazerem grandes deslocamentos para atender locais de crimes sozinhos, contrariando as mais elementares regras para o desempenho da atividade policial. Além disso, já está sendo encaminhado um pedido de mediação ao poder judiciário, para que se encontre soluções que garantam a saúde e a segurança desses policiais. Em busca de apoio, o sindicato já solicitou que a Câmara de Vereadores do município intervenha, cobrando soluções às autoridades responsáveis pela administração policial”.
O Presidente da UGEIRM, Isaac Ortiz, destaca que “o sindicato espera que a Chefia de Polícia encaminhe, definitivamente, soluções para essa grave situação dos colegas de Marau. Nós não podemos conviver com uma situação que coloca em risco a saúde de Policiais Civis e prejudica o atendimento à população. Quando se trata da saúde dos colegas e do atendimento à população, o Governo não pode esperar e nem vacilar. Esse problema tem que ser resolvido imediatamente”, finaliza Ortiz.