Trabalho da Polícia Civil foi fundamental para recorde na redução de crimes violentos no estado

Em anúncio na última quinta-feira (13), o Vice-governador e Secretário de Segurança Delegado Ranolfo Vieira divulgou os indicadores criminais do Estado, em solenidade realizada na praça central de Alvorada. Os indicadores criminais revelaram um recorde histórico na redução dos crimes violentos no estado. A redução dos homicídios, latrocínios e feminicídios, preservou um total de 2.056 vidas desde o ano de 2018.

Em seu pronunciamento, o Vice-governador destacou “a abnegação, esforço e comprometimento dos operadores da nossa segurança pública que, lá na ponta, fazem a diferença”. Se acrescentarmos às 2.056 vidas salvas, a economia nos gastos com o sistema de saúde decorrentes da redução dos crimes violentos, veremos que o investimento em segurança pública está longe de ser um gasto para o estado.

Reconhecimento deve ser concretizado com salários justos para os policiais

O reconhecimento do trabalho realizado pelas forças de segurança, é muito positivo. No entanto, esse reconhecimento nos discursos realizados pelos governantes, precisa ser acompanhado por um reconhecimento prático. Os (as) Policiais Civis estão a mais de três anos sem recomposição salarial. Num cenário de seguidos recordes nos índices inflacionários, o poder de compra dos operadores da segurança pública, que foram responsáveis pelas 2.056 vidas salvas desde 2018, só diminuiu nesses três anos.

Outro feito do governo Eduardo Leite é digno de ser citado. Até agosto de 2021, a arrecadação de ICMS havia registrado um crescimento de 14,06% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Mesmo com esse aumento recorde de arrecadação, o governo Leite nem mesmo respondeu aos pedidos de abertura de negociação feitos pela UGEIRM.

O Presidente da UGEIRM, Isaac Ortiz, convoca a categoria para se mobilizar pela reposição salarial. “A UGEIRM está realizando uma série de reuniões com a categoria, preparando uma grande mobilização para o mês de março. Na semana passada estivemos em Torres, Ijuí, São Luiz Gonzaga e Santiago, onde os (as) policiais demonstraram uma grande motivação. Nesta semana estamos prosseguindo com as reuniões pelo estado. Esperamos que o governo chame o sindicato para negociar, mas, se isso não acontecer, a nossa categoria saberá dar uma resposta à altura. Em março vamos às ruas, mostrar para a população que a sensação de segurança que os (as) gaúchos (as) vivem hoje, foi alcançada mesmo com os policiais há mais de três anos sem reposição salarial. Porém, essa situação está se tornando insustentável e, com certeza, começará a se refletir no combate à criminalidade. Essa situação de fazer mais com menos tem um limite e ele está muito próximo”.