UGEIRM visita Delegacias de Santa Maria e constata sérios problemas com o EPROC

A direção da UGEIRM esteve, na semana passada, na DPPA e na 1ª DP de Santa Maria. Durante a visita à DPPA, os diretores do sindicato, Cladio Wohlfahrt e Pablo Mesquita, conversaram com os (as) policiais que executam o serviço de cartório, responsáveis pelos flagrantes, sobre como estão sendo os procedimentos encaminhados através do EPROC. As reclamações, que se repete em todo o estado, foram generalizadas em todos os setores. As principais queixas dizem respeito ao tempo gasto, devido ao desconhecimento e a lentidão do sistema. Os (as) policiais tiveram que começar a operar o EPROC sem uma preparação adequada e estão tendo que aprender no dia a dia, durante a própria execução do trabalho.

Na DPPA, os representantes da UGEIRM também conversaram sobre a Intenção da Chefia de Polícia de alterar a escala de serviço de 12h para 24h. Todos estão muito preocupados, pois a DPPA tem uma demanda enorme, beirando as 20.000 ocorrências e fazem, por ano, uma média de 2.000 flagrantes. Esse número é muito superior ao limite de uma DPPA considerada de alta demanda. Caso seja feita a alteração da Escala de Serviço, os (as) Policiais avaliam que o trabalho será enormemente afetado, com sérias consequências à saúde dos trabalhadores.

Na 1ª Delegacia de Polícia de Santa Maria, o quadro é muito parecido. A direção da UGEIRM acompanhou uma colega que estava iniciando o encaminhamento de um inquérito, através do EPROC. A dificuldade foi imensa. Depois de aproximadamente 30 minutos, o sistema “trancou” na fase três. O EPROC possui 4 fases, sendo que a mais demorada seria a quarta fase, que é quando são enviados os documentos digitalizados. Ou seja, antes mesmo de chegar na fase mais demorada, a colega já tinha perdido aproximadamente 30 minutos e ainda estava com o sistema trancado. Ela só tinha feito o lançamento dos dados digitados e o sistema já tinha travado. A avaliação geral, é que o sistema não tem condições de ser operado e que tem causado um atraso generalizado no serviço da Delegacia.

O diretor da UGEIRM, Cladio Wohlfahrt, ressalta que “a implantação do EPROC na Polícia Civil foi feita de forma açodada, pelo judiciário, ignorando a estrutura e as condições da Polícia Civil gaúcha. Com isso, para tentar resolver um problema do Judiciário, a realidade dos (as) Policiais Civis foi totalmente ignorada”. “Frente ao grande número de reclamações da categoria, nós, da Direção da UGEIRM, estamos nos debruçando sobre o problema e reunindo mais informações sobre o EPROC, para podermos nos posicionar em relação aos problemas causados pela implantação de forma atropelada do sistema e apresentar soluções que amenizem os transtornos causados à categoria”, conclui Cladio.