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Governo do RS adere ao Escuta SUSP um ano após o início do projeto do Ministério da Justiça

Um ano após o lançamento do Projeto Escuta SUSP, vinculado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, o Governo Eduardo Leite assinou a adesão do Rio Grande do Sul ao projeto. O Escuta SUSP é um projeto de atendimento psicológico especializado para profissionais do Sistema Único de Segurança Pública (SUSP), que começou a operar em maio de 2024 e já proporcionou mais de 11 mil atendimentos. O Escuta SUSP é resultado de uma demanda apresentada pela COBRAPOL ao Ministério da Justiça e, aqui no Rio Grande do Sul, a UGEIRM vem, desde a implementação do projeto, solicitando ao governo do estado a adesão do RS.

O projeto conta com três níveis de atenção à saúde mental: acolhimento, psicoterapia e promoção à vida (para onde são encaminhadas as situações mais delicadas, como pensamentos suicidas). A ideia do Ministério é acrescentar, o mais breve possível, novos serviços como psiquiatria e gerenciamento de terapia medicamentosa.

A iniciativa, que é conduzida pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), oferece consultas on-line e sigilosas, que são realizadas por meio da plataforma do projeto. A partir do Escuta SUSP, o Ministério pretende criar protocolos psicoterapêuticos específicos para profissionais de segurança pública, com acolhimento para demandas pontuais, psicoterapia contínua e intervenções preventivas contra o suicídio.

Nesse primeiro ano de funcionamento do Escuta SUSP, foram identificadas as principais queixas psicológicas apresentadas pelos pacientes atendidos pelo projeto. Em primeiro lugar estão ansiedade e depressão, seguidas por problemas no trabalho, com a família, de relacionamento com os pares, com as chefias e financeiros, respectivamente.

Como fazer para acessar o Escuta SUSP

Para solicitar o serviço, basta acessar o site (https://www.gov.br/mj/pt-br/assuntos/sua-seguranca/seguranca-publica/escuta-susp), preencher o cadastro e anexar a carteira funcional para comprovar o vínculo institucional. Após a inscrição, o servidor recebe, por e-mail, o link para agendamento, podendo escolher o terapeuta e o horário mais conveniente. As sessões ocorrem exclusivamente pela plataforma do projeto.

O atendimento inicial é conduzido por psicólogos bolsistas no último ano da graduação, com experiência clínica, aptos a acolher demandas pontuais e avaliar as necessidades do paciente. Se for necessário um acompanhamento mais aprofundado, o paciente é direcionado para a psicoterapia e atendido por psicólogos em nível de mestrado e doutorado.

Para casos mais graves, como risco de suicídio, o atendimento é feito por especialistas em saúde mental e prevenção ao suicídio, também em nível de mestrado ou doutorado. Cada situação é analisada individualmente, com a possibilidade de encaminhamento para acompanhamento presencial, se necessário.