Deputado Federal Elvino Bohn Gass também assina a emenda da Cobrapol
O Deputado Federal Elvino Bohn Gass (PT/RS), assinou a Emenda da Cobrapol à PEC 32, que garante a manutenção da estabilidade aos Policiais Civis brasileiros. O parlamentar gaúcho fez questão de ressaltar que votará pela rejeição na íntegra da PEC 32, por considerá-la, na prática o fim do serviço público, estimulando a corrupção e o aparelhamento do Estado brasileiro. No entanto, caso ela seja aprovada, Elvino Bohn Gass se comprometeu em votar na emenda da Cobrapool por reconhecer a importância da manutenção da estabilidade de uma categoria tão importante como a Polícia Civil.
A direção da UGEIRM continuará pressionando os parlamentares gaúchos, para que os mesmos assinem e votem na Emenda da Cobrapol. Além disso, o sindicato continuará trabalhando na organização e mobilização para uma grande mobilização, no dia 3 de agosto, contra a PEC 32.
Não é uma Reforma é o fim do Serviço Público
Entre vários ataques, que têm como objetivo a desestruturação total dos serviços públicos e a colocação do Estado a serviço dos interesses privados, alguns se destacam. Abaixo listamos alguns deles.
Mais de 200 mil Cargos nas mãos dos políticos – Estudos do próprio Senado Federal, calculam em mais de 200 mil a quantidade de Cargos Comissionados que ficarão liberados para nomeações por parte de políticos em todas as esferas, caso a PEC 32 seja aprovada. Isso poderá significar um dos maiores aparelhamentos do Estado brasileiro na história. Com isso, a sociedade brasileira regredirá ao que tínhamos antes da Constituição de 1988.
Setores privilegiados ficaram de fora da PEC32 – A Reforma Administrativa não atinge em nenhum aspecto os segmentos mais privilegiados do serviço público. O Judiciário, os militares, o Ministério Público e os políticos, que significam os maiores vencimentos do serviço público, ficaram de fora da Reforma. Ela vai atingir em cheio, principalmente, os serviços que a população mais necessita, como educação, saúde e segurança pública. Ou seja, o discurso de que a Reforma pretende racionalizar o Serviço Público, não passa de um grande engodo. Os grandes salários, como dos políticos, continuarão preservados, como em todas as reformas realizadas até hoje.
Fim da estabilidade – Os trabalhadores da Segurança Pública serão atingidos diretamente. Com a retirada dos policiais das carreiras típicas de Estado, a categoria terá como consequência o fim da estabilidade. Isso significará um tiro de morte no combate à corrupção. Sem estabilidade, qual policial terá tranquilidade para tocar em frente um inquérito que atinja algum governante?
Fim das Promoções por antiguidade – Outro ataque aos Policiais é o fim das promoções por antiguidade. Hoje as promoções já são um problema na Polícia Civil, por não existir um regramento que garanta justiça nas promoções por merecimento. O fim das promoções por antiguidade vai tornar essa realidade ainda pior.