Sartori/PMDB envia Plano à União que congela salários, no mínimo, até 2020

O governo Sartori/PMDB enviou para Brasília, nesta terça (03), o Plano de Recuperação Fiscal do estado, com as contrapartidas para a renegociação da dívida com a União. Na verdade, se trata de um grande ataque ao serviço público gaúcho, congelando os investimentos em educação, segurança e saúde. O Plano também formaliza o congelamento de salários dos servidores públicos, a proibição de promoções, de novas contratações e prorroga o aumento do ICMS até, no mínimo, 2020.

Em troca disso e mais a venda de seis estatais, a União concede uma moratória de três anos no pagamento da dívida do estado. Porém esse valor não pago será acrescentado ao total da dívida, acrescido de juros. Com isso, a dívida do Rio Grande do Sul pode ter um aumento de até R$ 30 bilhões. Ou seja, uma dívida que, na renegociação do outro governador do PMDB (Antônio Britto), era de R$ 9 bilhões e hoje já está em mais de R$ 50 bilhões, poderá chegar a mais de R$ 80 bilhões. Uma dívida impagável, que vai comprometer definitivamente o futuro do nosso estado.

A situação da segurança pública, que já é de caos total, pode ficar ainda pior. Se hoje os policiais já não recebem os salários no fim do mês, com a renegociação a situação pode ficar como no Rio de Janeiro, onde os servidores chegaram a acumular até três meses de atraso nos salários. Lembrando que, no RJ, o governo assinou um acordo de renegociação parecido como esse que o governo Sartori/PMDB quer assinar.

O presidente da UGEIRM, Isaac Ortiz, convoca a categoria para a Assembleia Geral desta quinta-feira (05), às 14h, no Palácio da Polícia. “Se o não pagamento dos salários já era motivo mais do que suficiente para a deflagração de uma greve dos policiais civis. Com essa proposta de renegociação da dívida, a situação realmente se torna insustentável. Além dos nossos salários, agora também está em jogo o futuro do nosso estado. O lugar de cada Policial Civil desse estado, nesta quinta-feira, é no Palácio da Polícia. Esse governador quer acabar com nosso trabalho, com nosso salário e com o nosso estado. Quem se omitir agora, estará compactuando com esse crime que está sendo cometido. Agora é a hora de mostrarmos nossa cara e dar um basta na entrega do nosso estado e na destruição dos servidores públicos e, em particular, da polícia do nosso estado”.