Secretária da Fazenda reconhece que servidores gaúchos tiveram maior arrocho salarial do país
Em participação na Audiência Pública que debateu, na segunda (18), os impactos dos decretos de revisão de benefícios fiscais na economia do RS, a Secretária da Fazenda, Pricilla Santana, admitiu que os servidores públicos do nosso estado sofreram o maior arrocho salarial do país. Pricilla Santana disse que “nos últimos cinco anos, o estado fez o maior ajuste previdenciário (do País), congelou salário como nenhum outro estado, a fadiga fiscal se faz presente. Chega um momento que não adianta eu esgarçar o tecido do lado da despesa que ele vai rasgar, romper e colapsar o estado”. Além de admitir o monstruoso arrocho salarial imposto aos servidores, a Secretária citou, ainda, a draconiana reforma da previdência implementada pelo governo Eduardo Leite, que atingiu, particularmente, os servidores aposentados.
A Secretária prossegue, reconhecendo que a situação dos servidores da segurança pública, saúde e educação chegou ao limite do intolerável. Nas palavras de Pricilla Santana: “não tem mais espaço para cortar do lado da despesa, sob pena de tornar insustentável a convivência no estado do Rio Grande do Sul, a prestação de serviços na saúde, educação e segurança pública”. O presidente da UGEIRM, Isaac Ortiz, concorda com a Secretária da Fazenda, no que diz respeito à situação salarial dos servidores do estado: “é importante que a Secretária da Fazenda tenha, finalmente, reconhecido que a política de arrocho salarial e retirada de direitos dos servidores não surtiu o efeito esperado. O resultado foram serviços públicos cada vez mais sucateados e servidores desestimulados e adoecidos. O Governo ainda tem tempo de reverter a sua política e estimular o crescimento econômico do estado, através de investimentos e da recuperação salarial dos seus servidores”.
Isaac Ortiz prossegue, lembrando que “o Governo prometeu, para o início de abril, a apresentação de uma proposta de reajuste salarial para os servidores da Segurança Pública. Esperamos que esse seja o primeiro passo do Governo Eduardo Leite para transformar as palavras da Secretária da Fazenda em ação concreta. A UGEIRM já apresentou uma proposta de reajuste salarial de 39%, para recompor uma parte das perdas salariais, além da retomada da Simetria dos Comissários de Polícia com os Capitães da BM. A palavra e a caneta, agora, estão com o governo do estado”, conclui Ortiz.