Número de exonerações dos Policiais já ultrapassa 130 no Estado
Mais cinco policiais civis pediram exoneração nestes 10 primeiros dias de Março. O aumento do número de pedidos continua preocupante. A média destes primeiros três meses, de 2025, chega a cinco exonerações por mês, em janeiro e fevereiro foram 10.
Se continuar neste ritmo, poderemos ter menos 60 policiais até o final do ano. Em 2024 foram 51 exonerações e chegou a perda de 61 policiais civis em menos de 14 meses. Se contarmos desde 2023, já são mais de 130, sem falar nas saídas por aposentadoria e afastamentos por adoecimento.
Este aumento no número de exonerações revela a desvalorização profissional da segurança pública, patrocinada pelo pelo Governador Eduardo Leite, nos seus dois mandatos, para manter a categoria atrativa como uma carreira de Estado. A desvalorização salarial, as péssimas condições de trabalho, a falta de efetivo, as jornadas excessivas sem o pagamento das horas trabalhadas, aliadas a perda de direitos, como a paridade e a integralidade das aposentadorias, são alguns dos motivos que levam principalmente os policiais que entraram há pouco na Polícia a buscarem melhores oportunidades em outras carreiras.
O sindicato vem fazendo essa denúncia há tempos e a única resposta do Governo é o silêncio ou a argumentação que se trata de alarmismo, relata o Vice-presidente da UGEIRM, Fabio Castro: “Quem acompanha o trabalho diário da polícia e vê esses números, sabe onde isso pode dar. Quem tem um mínimo de conhecimento da segurança pública, sabe que a reposição nessa área é demorada e custosa. Um policial aprovado em um concurso público, necessita de tempo para ser treinado e formado, até estar apto para exercer a sua função. Isso custa tempo e dinheiro. A não valorização dos policiais é uma economia imediata que terá um custo muito alto no futuro”, ponderou Fábio.
