Zero Hora volta seus ataques contra os policiais civis

logo_zero_horaExiste uma lei da física que diz: para toda ação, corresponde uma reação oposta de mesma intensidade. Na política, isso se torna mais realista ainda. Na sua edição desta terça-feira (27), o jornal Zero Hora publicou uma matéria onde promete mostrar como são fabricados os supersalários do serviço público gaúcho. Na tabela que ilustra a matéria, vemos vários valores e os cargos que ocupam. Dos dez salários apresentados, cinco eram da Polícia Civil.

Zero Hora confunde indenização com salários propositalmente

Na própria matéria, a Zero Hora esclarece que dos dez salários, sete foram acrescidos pelo pagamento de licenças-prêmio indenizadas em caráter retroativo. Após a publicação da matéria, a direção da UGEIRM procurou o jornal e explicou que esses valores se referem a indenizações concedidas a servidores que vieram a falecer e, por isso, receberam o valor integralmente. O procedimento para servidores vivos é de parcelar em 60 vezes a indenização das licenças-prêmio. Porém, mesmo sabendo não se tratar de salário, o título da matéria fala em supersalários. A definição clássica de salários diz: remuneração regular atribuída pelo exercício/desempenho das funções no âmbito de um emprego/trabalho. Então, como uma indenização recebida uma única vez, pode compor um supersalário? O jornal sabe disso, mas prefere fazer a confusão com um objetivo claro: atacar a Polícia Civil.

Os motivos desse ataque tem sua explicação na Lei da Física citada no início desse texto. É uma reação oposta a uma ação dos policiais civis, contra os aliados do jornal Zero Hora: o governo Sartori/PMDB. Na semana passada, os Policiais Civis protagonizaram uma grande reação à votação do Pacote do Sartori/PMDB. Gerando inclusive um diálogo entre o governador e a deputada estadual Maria do Rosário, no mínimo, interessante. Ao ser questionado pela deputada a respeito da violência do Batalhão de Choque contra os manifestantes na Praça da Matriz, o governador teria respondido com a seguinte frase: isso é coisa dos policiais civis e daquele sindicato deles, a UGEIRM. O governador tem claro quem são seus principais adversários neste momento. E os adversários do governo Sartori/PMDB são, também, adversários do jornal Zero Hora.

Para o vice-presidente da UGEIRM, Fabio Castro, “essa matéria mostra o nível de comprometimento da mídia do nosso estado. Servir de instrumento político para um governo, usando para isso de mentiras contra uma categoria como a polícia civil, é vergonhoso. Mas isso não é surpresa para um jornal que fez o mesmo papel com os militares, durante a ditadura. Um jornal que escondeu os casos de tortura, não vai ter pudores para mentir contra os policiais civis. Mas a população sabe disso e não se engana facilmente. O grande apoio da população nas ruas durante a nossa última Marcha da Segurança Pública, mostra que o povo apoia a polícia e sabe quem está ao seu lado no combate à violência”.