Com medo de derrota, Sartori/PMDB retira Pacote da pauta

O governo Sartori/PMDB recuou na Assembleia Legislativa. Com medo de não conseguir os votos necessários para aprovar os pontos que não foram à votação em dezembro, o líder do governo na Assembleia Legislativa, Gabriel Souza (PMDB), propôs na reunião de líderes realizada nesta terça-feira (07), o adiamento da votação. Gabriel Souza também garantiu que a votação não acontecerá na semana que vem, ficando para o mês de março.

A atitude do governo Sartori/PMDB é uma clara demonstração que o governo não tem os votos necessários para a aprovação do restante do Pacote. Entre os projetos que poderiam entrar em votação, está a PEC que institucionaliza o atraso de salários dos servidores e a proposta que confisca metade do 13º salário do serviço público. Além dessas PECs, também entrariam em votação a proposta que autoriza o governo a privatizar a CEE, a Sulgás e a CRM.

Agora, o governo vai jogar todas as suas fichas na renegociação da dívida do estado com a União. O objetivo do governo é usar as contrapartidas exigidas pelo governo Temer como uma forma de chantagem sobre os parlamentares. Com o argumento de que, sem a aprovação das propostas do Pacote, estará inviabilizada a renegociação, o governo Sartori/PMDB pretende convencer, principalmente, os parlamentares do PDT e do PTB.

UGEIRM suspende operação padrão e boicote às operações policiais

Diante do recuo do governo, a UGEIRM deliberou pela suspensão da operação padrão e do boicote às operações policiais. A suspensão durará enquanto o governo mantiver os salários em dia e a votação das PECs não voltar à pauta da Assembleia Legislativa. Nesse período, os policiais retornarão à normalidade do seu trabalho. Porém, a pressão sobre os deputados, principalmente do PDT e do PTB, continuará. A mobilização dos policiais, com a realização da operação padrão e o boicote às Operações Policiais, foi de extrema importância para pressionar o governo e os parlamentares. Porém, na avaliação do presidente da UGEIRM, Isaac Ortiz, “os policiais não podem pensar que o governo já está completamente derrotado. Nossa mobilização conseguiu colocar o governo Sartori/PMDB na defensiva e recuar. Mas sabemos que eles não vão desistir tão facilmente. Por isso, é fundamental nos mantermos mobilizados e prontos para retomarmos a operação padrão e o boicote à operações policiais, assim que for necessário. Com a volta dos colegas que estão em Brasília para o protesto contra a Reforma da Previdência, realizaremos uma reunião do Conselho de representantes, onde vamos traçar os próximos passos da nossa mobilização. Conseguimos uma vitória, mas a luta com o governo Sartori/PMDB continua enquanto esse governo não mudar sua política, inclusive com a colocação das promoções em dia e o pagamento da íntegra do nosso 13º salário”.