Comissário de Polícia é morto a tiros em Jaboticaba, norte do estado
A cidade de Jaboticaba presenciou um acontecimento trágico na noite deste domingo (16). O Comissário de Polícia Fabiano Ribeiro de Menezes de 51 anos e dois filhos, foi assassinado após troca de tiros em um bar da cidade. Por volta das 21 horas, um homem entrou no bar e matou a tiros uma pessoa que estava sentada em uma das mesas do bar. O Comissário, que se encontrava no local, deu voz de prisão ao assassino, se seguindo uma troca de tiros entre os dois. Fabiano não resistiu aos ferimentos, vindo a falecer após atendimento no hospital da cidade. O assassino, que não teve sua identidade revelada pela polícia, também foi socorrido no hospital e não corre risco de morte. O outro homem veio a óbito no próprio local. O velório do Comissário Fabiano Ribeiro de Menezes, acontecerá nesta segunda-feira, a partir das 19h, na Capela 2 do Cemitério da Santa Casa (Av Prof. Oscar Pereira, 423 – Azenha – Porto Alegre).
O assassino se apresentava como instrutor de tiro, o que já foi comprovado pela polícia ser mentira. Ele assassinou a sangue frio uma pessoa sentada na mesa de um bar, além de reagir a voz de prisão dada por um Policial Civil, vindo a assassinar mais um inocente. Essa tragédia deve servir para que seja aberto um debate sobre a política de armamento da população e que os agentes da lei, que lidam diariamente com essas armas que são colocadas em circulação, devem ser ouvidos urgentemente. A discussão sobre a quantidade de armas colocadas em circulação, deve fazer parte de um grande debate muito mais abrangente sobre segurança pública, incluindo contingente policial, política de treinamento e aperfeiçoamento.
Jaboticaba é uma cidade de aproximadamente 3.000 habitantes. É uma daquelas pequenas cidades do interior e conta com o contingente de apenas dois policiais civis. Em outras cidades, um único policial é responsável pela delegacia local. Essa situação causa sérios problemas para esses profissionais, que moram com suas famílias no local, se tornando visados e constantemente em risco. Já está mais do que na hora do governo resolver definitivamente essa situação, aumentando o efetivo que, atualmente, é o menor da história da instituição.
O Presidente da UGEIRM, Isaac Ortiz, lamenta a morte do colega e alerta sobre o ocorrido. “Não podemos naturalizar a morte de um policial, que estava cumprindo a sua missão de garantir o cumprimento da lei. Quando um policial é morto de uma forma tão absurda, como aconteceu com o Comissário Fabiano, toda a sociedade é atingida. Queremos, também, chamar a atenção para a situação dos policiais do interior, que lidam com um contingente reduzidíssimo e uma população cada dia mais amedrontada”, conclui Ortiz.