Suspeito de integrar grupo neonazista em Canoas é investigado por ameaças a policial

Homem, com vários antecedentes criminais, participava de encontros e festas que faziam apologia ao nazismo.

A Polícia Civil já investigava há alguns meses um grupo de neonazistas em Canoas por realizar encontros musicais, festas clandestinas e reuniões com apologia ao regime adotado na Alemanha no século passado. Mas, durante o trabalho de apuração da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), um dos agentes passou a ser ameaçado pelas redes sociais por um dos suspeitos.

Um inquérito foi instaurado, e a Justiça autorizou mandado de busca na casa dele.

O delegado Marco Antônio de Souza, responsável pelo caso, diz que não pode repassar muitos detalhes sobre a primeira investigação porque o trabalho ainda prossegue, mas revela que os encontros continuavam ocorrendo mesmo durante o período de distanciamento social e envolvia várias pessoas.

Segundo ele, se informar mais detalhes, o trabalho será ainda mais prejudicado. Isso porque um homem de 24 anos que integraria o grupo extremista — o nome dele não será divulgado até o final do inquérito — desconfiou da ação policial e passou a fazer ameaças a pelo menos um agente.

As mensagens via redes sociais não foram divulgadas. Souza diz que elas foram usadas como provas.

Apesar de ter indeferido pedido de prisão feito pela polícia, a Justiça concedeu mandado de busca na casa do investigado. Na terça-feira (25), foram apreendidos vários materiais de informática com apologia ao nazismo. Os agentes da Core também procuraram por armas, mas  não localizaram.

O suspeito tem antecedentes criminais por ameaça, porte ilegal de arma, lesão corporal, dano ao patrimônio público, perturbação da tranquilidade, violência doméstica e posse de drogas. Souza diz que agora ele vai responder também pela ameaça ao policial e por coação durante o processo de investigação.

A Core segue investigando os demais integrantes do grupo neonazista de Canoas em busca da identificação de todos os integrantes.