Outras Notícias

Eduardo Leite confirma que policiais não terão reajuste salarial em 2024

O Governador Eduardo Leite apresentou, na manhã desta terça-feira (16), o detalhamento do seu pacote que será enviado à Assembleia Legislativa, ainda nesta semana. Como diria o antigo ditado: a montanha pariu um rato! O anunciado reajuste para as categorias da segurança pública, que nas próprias palavras do Governador “entregou à sociedade gaúcha o menor índice de criminalidade dos últimos dez anos”, só começará a ser pago em janeiro de 2025. Além disso, o índice pífio de 12% será pago em três parcelas, com a última delas sendo paga em outubro de 2026, ou seja, daqui a mais de dois anos.

Se a Federasul estava preocupada com o equilíbrio financeiro do estado, por causa do reajuste da segurança pública, pode ficar tranquila. Com o anúncio ridículo desta terça-feira, os subsídios de mais de R$ 17 bilhões dos empresários estão garantidos. A simples correção monetária da arrecadação do governo, será suficiente para pagar a migalha oferecida pelo governo aos servidores da segurança pública.

O Presidente da UGEIRM, Isaac Ortiz, critica de forma veemente a proposta apresentada por Eduardo Leite: “o reajuste oferecido é lamentável. Desde o início do seu governo, em 2019, Eduardo Leite concedeu apenas 6% de reposição salarial aos servidores. Essa política de arrocho salarial do governo, mais do que um grande desrespeito com uma categoria que entregou os melhores resultados do seu mandato, é uma perigosa brincadeira com a sociedade gaúcha. Falando como quem acompanha a segurança pública do RS há mais de 30 anos, posso dizer que esse é o primeiro passo para jogar por terra todos os avanços conseguidos nos últimos anos. Uma carreira desvalorizada é um convite para que os melhores profissionais procurem outros caminhos para a sua vida. Os policiais civis são profissionais e não heróis que estão dispostos a arriscar as suas vidas em troca de salários miseráveis. A explosão do número de exonerações na Polícia Civil nos últimos anos, é um aviso que o Governo insiste em não ouvir. Infelizmente, quem vai pagar o preço por essa irresponsabilidade será a sociedade gaúcha”.