Deputado José Fogaça (PMDB) se posiciona contra a Reforma da Previdência

reuniao_fogacaAs entidades da segurança pública do RS se reuniram, na sexta-feira (07), com o deputado federal José Fogaça (PMDB). A reunião faz parte do movimento iniciado pelas entidades, como forma de pressão contra a PEC 287/2016 que, na prática, acaba com a aposentadoria dos trabalhadores brasileiros. Na reunião com o deputado José Fogaça, estiveram presentes, além da UGEIRM, representantes dos sindicatos dos Policiais Federais, Polícia Rodoviários Federais e dos servidores do IGP e, também, representantes das Associações dos delegados da Polícia Federal e dos Peritos Criminais Federais.

Na reunião, o deputado José Fogaça afirmou que acha a “reforma da Previdência muita abrupta, quando deveria ser um processo gradual”. O parlamentar lembrou alguns pontos que o fazem votar contra o projeto, como o fim da diferenciação do tempo de contribuição para a aposentadoria das mulheres e o fim das aposentadorias especiais para professores e policiais. Fogaça argumentou também que é inaceitável o aumento do tempo de contribuição e da idade mínima para aposentadoria. Após elencar todas as suas contrariedades com o projeto, o deputado afirmou que a PEC 287/2016 não contará com seu apoio em Plenário.

As entidades continuarão fazendo pressão junto aos parlamentares, para que votem contra a PEC 287/2016 e impeçam o fim da aposentadoria dos trabalhadores. Além da atuação junto aos parlamentares, as entidades da segurança pública estão organizando, para o dia 18 de abril, a realização de um grande ato conjunto contra a reforma da Previdência e a decisão do STF que proíbe a realização de greve os trabalhadores civis da segurança pública. Esse ato também vai preparar a greve geral do dia 28 de abril, que está sendo convocada pelas Centrais Sindicais e o movimento popular contra a Reforma da Previdência e a Terceirização.

Para o presidente da UGEIRM, Isaac Ortiz, que estava presente na reunião com o deputado Fogaça, “essas reuniões são fundamentais para pressionar os parlamentares. Porém, elas terão um resultado limitado, caso não sejam acompanhadas pela mobilização dos policiais. Somente com gente na rua, demonstrando a insatisfação contra o fim da aposentadoria, os deputados vão rejeitar a reforma da Previdência. O governo vai usar todas as suas armas para convencer os deputados, com distribuição de verbas e cargos no governo. Nós temos que usar as nossas armas, que são a mobilização e o nosso voto nas eleições do ano que vem. Somente assim, vamos conseguir derrotar a PEC 287/2016”.