Segunda onda da Pandemia de Covid-19 coloca Policiais Civis em risco
Segunda onda da Pandemia de Covid-19 coloca Policiais Civis em risco
O país e o nosso estado vivem um recrudescimento da Pandemia do Novo Coronavírus. O número de casos e de mortes voltou a crescer no Rio Grande do Sul. O governo do estado colocou 19 regiões em bandeira vermelha e voltou a proibir festas e aglomerações. Entre os (as) Policiais Civis, a situação também vem se agravando, com o aumento do número de infecções. Nas palavras do próprio governador Eduardo Leite, “É o pior momento da pandemia de Coronavírus até agora”. De 30 de outubro a 26 de novembro, o número de casos ativos aumentou 63% (de 13.061 para 21.343) e o número de óbitos acumulados em sete dias aumentou 31% (de 211 para 276).
Para o infectologista Alexandre Zavascki, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), vivemos agora uma situação mais grave do que no inverno. “Hoje, infelizmente, temos uma situação mais grave da que estávamos no inverno, seja pelo volume de pessoas nos hospitais, por conta do Coronavírus, ou internadas por outras doenças que ficaram represadas do período da pandemia”, afirma o infectologista.
Policiais Civis estão entre os mais ameaçados pelo contágio
Essa situação, coloca, novamente, a saúde e a própria vida dos (as) Policiais Civis em grande risco. A categoria está na linha de frente do atendimento à população, o que nos coloca como um dos grupos mais ameaçados pelo contágio. Por isso, é necessário que sejam retomadas as medidas de proteção da categoria, que foram relaxadas com a diminuição do número de contágios no nosso estado.
Antes de qualquer coisa, é necessário que todas as medidas e decisões a respeito da prevenção da Covid-19 na categoria, sejam centralizadas na administração da Polícia Civil, garantindo uma uniformidade nos procedimentos. Destacamos a necessidade do reforço da testagem massiva da categoria, com a utilização dos kits RT-PCR, e a manutenção do afastamento imediato dos policiais do grupo de risco e de qualquer profissional que tenha tido contato com pessoas infectadas. Além da testagem, é necessária a retomada imediata do revezamento nas Delegacias, retomando a restrição de circulação no interior das mesmas. Também é fundamental que seja garantida a retirada imediata de todos os presos das delegacias, evitando a aglomeração de pessoas no ambiente. Além dessas medidas, é preciso que seja dada continuidade na distribuição dos equipamentos de proteção e na conscientização permanente da categoria, a respeito da importância da utilização desses equipamentos, não apenas pelos profissionais, mas também pela população que é atendida nas delegacias.
Outra questão importante, é a necessidade de uma revisão de todo o trabalho da Polícia Civil, com a redução das Operações Policiais, tendo em vista que esse momento é o pior desde o início da Pandemia, tendendo a se agravar com a aproximação das festas de fim de ano e o aumento da circulação de pessoas nas ruas. Essas medidas são fundamentais para garantir a vida dos Policiais Civis. As notícias de perda de colegas vítimas do Coronavírus, como aconteceu na última semana na cidade de Rio Grande, nos acompanham desde o início da Pandemia. Esse policial fazia parte do grupo de risco, o que demonstra a necessidade da manutenção da política de afastamento e da volta do próprio revezamento. A demora na adoção de medidas de prevenção e proteção da categoria, pode significar a perda da vida de um (a) Policial Civil. Por isso, o governo do estado precisa agir imediatamente.