Bloco da Segurança protocola pedido de sequestro de valores
Na manhã desta terça-feira (03), as entidades que representam os trabalhadores da segurança pública, protocolaram, no Tribunal de Justiça (TJ), o pedido de sequestro de valores do Tesouro do Estado, para pagamento integral dos salários dos servidores da segurança pública. A entrega foi acompanhada de um ato público dos trabalhadores na frente do Tribunal de Justiça. Antes de protocolar o pedido no TJ, os policiais estenderam faixas nas sinaleiras da Av. Borges de Medeiros e fizeram uma entrega de panfletos aos motoristas que passavam. Na nota conjunta das entidades, os manifestantes buscavam dialogar com a população explicando os motivos do pedido de sequestro de valores do Tesouro Estadual e denunciando o desmonte da segurança pública promovido pelo governador Sartori/PMDB.
Após a panfleteação, os representantes das entidades entraram no Tribunal de Justiça e protocolaram o pedido de sequestro de valores. No documento, as entidades explicam que o próprio Tribunal de Justiça já tem uma decisão de mérito tomada, em ação impetrada pelas entidades que compõem o Bloco da Segurança Pública, que obriga o governo a pagar a integralidade dos salários dos servidores da segurança, até o último dia útil do mês trabalhado. O que as entidades estão requerendo é que seja cumprida uma ordem judicial do próprio Tribunal. Para os trabalhadores da segurança pública, nenhum governante pode estar acima das decisões judiciais. Se o governador Sartori/PMDB não se dispõe a acatar as decisões do Tribunal, o poder judiciário deve tomar as medidas cabíveis, sob o risco de se ver desmoralizado perante a população gaúcha.
Após o protocolo do pedido, as entidades pediram o agendamento de uma reunião com o vice-presidente do Tribunal responsável pelo processo, Desembargador Carlos Eduardo Zietlow Duro, para discutir o andamento da ação. A chefe de gabinete informou que o Desembargador está em viagem a Brasília e que, assim que retornar, marcará uma data para receber as entidades. Por último, os manifestantes deram continuidade ao ato público, entregando panfletos, enquanto um carro de som falava com os pedestres e os motoristas que passavam na frente do Tribunal, explicando os motivos da manifestação e denunciando o descaso com a segurança pública do governador Sartori/PMDB.
Para o vice-presidente da UGEIRM, Fabio Castro, “essa atividade tem que ser entendida como parte de uma mobilização mais ampla. Sabemos que o judiciário é apenas um instrumento para pressionar ainda mais o governo Sartori/PMDB. Se os policiais não se mobilizarem, com atividades de rua, com a efetivação da operação padrão e até a greve, não conseguiremos acabar com essa vergonha do parcelamento dos salários. É necessário que a nossa indignação saia das páginas das redes sociais e vá para as ruas e para as delegacias. Somente com uma demonstração de força faremos esse governo recuar e implementar uma verdadeira política de segurança, que valorize os policiais e retome os investimentos em segurança pública. Por outro lado, o judiciário só vai agir e obrigar o governo a cumprir as decisões judiciais, se for pressionado pela mobilização dos trabalhadores da segurança pública”.