Conselho delibera por Paralisação de dois dias e Marcha para barrar Pacote do Sartori

conselho_vota_30_11O Conselho de representantes da UGEIRM, reunido nesta quarta-feira (30), discutiu e deliberou as ações contra o Pacote de Maldades do governo Sartori/PMDB. A principal deliberação, foi a realização de uma paralisação nos dias 12 e 13 de dezembro.

No segundo dia de paralisação (13), será realizada, às 12 horas em frente ao Palácio da Polícia em Porto Alegre, uma Assembleia Geral dos Agentes da Polícia Civil, para discutir o Pacote do Sartori e as ações conjuntas com os Servidores Públicos Estaduais. Ao final da Assembleia, os policiais realizarão uma grande Marcha até o Palácio Piratini, onde será realizado um Ato Conjunto com todas as categorias de Servidores Públicos.

Além dessas decisões, o Conselho reafirmou a deliberação já tomada, de retomar a Operação Padrão a partir do primeiro dia de parcelamento dos salários, até a integralização dos vencimentos pelo governo do estado.

Unidade dos Servidores Públicos

Durante a semana, a UGEIRM realizará uma série de encontros com as entidades do serviço público, onde serão decididas as ações de enfrentamento ao Pacote de Maldades do governo Sartori/PMDB.

Para o presidente da UGEIRM, Isaac Ortiz, “é fundamental que todas as ações realizadas, envolvam os vários segmentos do serviço público. Nesse momento tão grave, onde sofremos um dos maiores ataques da história do nosso estado, qualquer ação isolada estará fadada ao fracasso. Somente a união da totalidade do serviço público será capaz de derrotar o pacote do Sartori”.

PECs vão confiscar 13º salário e institucionalizar pedalada dos salários

A avaliação da reunião é de que esse Pacote representa a falência do Serviço Público e um ataque direto à população mais desfavorecida, que precisa desses serviços para sobreviver. Para os policiais, a aprovação das PECs que confiscam a metade do 13º salário e tira da Constituição Estadual o direito dos servidores públicos em receber o salário no mês trabalhado, representará um duro golpe para trabalhadores que já sofrem todo mês com o parcelamento de salários e sentem no cotidiano o desmonte da segurança pública.

Somente voltando às ruas os servidores poderão barrar o Pacote

No ano passado, a realização das duas Marchas da Segurança Pública, foi uma grande demonstração de força da Segurança Pública. No mês de agosto, a realização da 2ª Marcha, culminando com um ato que reuniu mais de 50.000 servidores públicos na Praça da Matriz, conseguiu colocar o governo na defensiva e impedir boa parte dos ataques ao serviço público.

As duas Marchas e a demonstração de força dos policiais, conseguiu impedir o governo de mexer na Tabela de Subsídios da Segurança Pública. Para Ortiz “agora é a hora de voltar às ruas. Esses projetos são extremamente perigosos. Eles atacam nosso 13º, institucionaliza a pedalada dos salários, acaba com a licença prêmio e destrói o Serviço Público. A aprovação significará uma porta aberta para o governo avançar sobre outras conquistas dos policiais. Por isso, é muito importante uma participação em massa dos policiais”.

Para o diretor da UGEIRM, Pablo Mesquita, “agora é a hora dos policiais pararem com tudo e priorizarem o futuro da Polícia Civil e dos seus trabalhos. Continuar a sua rotina como se nada estivesse acontecendo, significará abrir mão do futuro do nosso estado e dos nossos trabalhos. Por isso, no dia 13 de dezembro não existe justificativa para nenhum policial deixar de estar presente na Marcha da Segurança Pública e no Ato Unificado dos Servidores Públicos. Essa é a única linguagem que o governo entende: policiais nas ruas e mobilizados!”

Pressão na base dos deputados será fundamental

A realização de uma forte pressão na base dos deputados é outra medida deliberada pelo Conselho de Representantes. Porém, para que essa pressão surta efeito, é fundamental que ela seja realizada em conjunto com os outros setores do Serviço Público. Mostrando aos parlamentares que, caso eles votem pela destruição dos serviços públicos, enfrentará uma grande oposição das várias categorias de servidores, como professores, policiais e profissionais da área da saúde.

UGEIRM realizará consulta sobre impeachment de Sartori/PMDB

A reunião do Conselho de Representantes deliberou que, a partir da semana que vem, a UGEIRM realizará uma consulta à categoria sobre a entrada de um pedido de impeachment do governo Sartori. No entendimento dos representantes, as atitudes do governo Sartori/PMDB já passaram do limite do aceitável. O pedido se baseará no não cumprimento, por parte do governo, das decisões tomadas pelo judiciário. Em particular, a decisão que determina que o governo pague a integralidade dos salários dos servidores da Segurança Pública e a que determina que sejam esvaziadas as carceragens das delegacias e que os presos não permaneçam mais de 24 horas detidos nas delegacias de polícia. Nos próximos dias, a UGEIRM estará divulgando a forma que será feita a consulta e como os policiais poderão participar.