Governo confirma bandeira preta para a região de Bagé

Da Redação

O governo do Estado confirmou nesta segunda-feira (4) que indeferiu os pedidos de reconsideração feitos ao mapa preliminar da 35ª rodada do Distanciamento Controlado, confirmando assim o retorno da bandeira preta à região de Bagé. Esta é a segunda vez que a região recebe essa classificação de risco.

A região de Bagé chegou a encaminhar um recurso pedindo a revisão da bandeira, mas este foi negado pelo Gabinete de Crise do governo estadual. As regiões de Passo Fundo e Santo Ângelo, que receberam a classificação vermelha, também tiveram recursos negados.

Segundo o governo, o risco altíssimo em Bagé é resultado da combinação entre a piora no número de leitos livres/pacientes Covid na macrorregião Sul e o fato de a região apresentar bandeira preta no indicador de hospitalizações para cada 100 mil habitantes.

A região de Bagé apresentou piora no número de óbitos por coronavírus de residentes da região, de três para oito. Ao mesmo tempo, a macrorregião Sul apresentou aumento de 17% (de 48 para 56) no número de pacientes com Covid-19 em UTI, o que implicou redução na razão de leitos livres/leitos Covid de 0,71 para 0,27.

Contudo, a classificação só foi atribuída porque o governo alterou as regras do sistema para garantir bandeiras de risco alto e altíssimo (vermelha e preta) quando a região tem elevada quantidade de novas hospitalizações de pacientes confirmados com Covid-19 e, ao mesmo tempo, está inserida em uma macrorregião com baixa capacidade hospitalar.

O governo defende que o refinamento no modelo é necessário pois, quando a capacidade hospitalar está próxima do limite, os indicadores de “velocidade do avanço” e de “variação da capacidade de atendimento” se tornam prejudicados – uma vez que, mesmo havendo demanda por leitos, eles podem não ser preenchidos devido à lotação das áreas Covid dos hospitais. O objetivo da mudança é refletir e evitar o esgotamento de leitos.

A nova regra garante a aplicação da bandeira vermelha em uma região no caso do indicador de hospitalizações para cada 100 mil habitantes estiver com classificação de risco vermelha ou preta e quando o indicador de leitos livres/leitos covid da macrorregião estiver menor ou igual a 0,8.

Já a bandeira deve ser aplicada quando as hospitalizações por 100 mil habitantes estiveram com classificação de risco preta e o indicador de leitos livres/leitos covid da macrorregião estiver menor ou igual a 0,3.

Para além de Bagé, 13 regiões receberam a bandeira vermelha — Cachoeira do Sul, Canoas, Capão da Canoa, Caxias do Sul, Ijuí, Lajeado, Palmeira das Missões, Passo Fundo, Pelotas, Porto Alegre, Santa Cruz do Sul, Santa Rosa e Santo Ângelo — e sete regiões a bandeira laranja — Santa Maria, Uruguaiana, Taquara, Novo Hamburgo, Guaíba, Cruz Alta e Erechim.

Mudaram de bandeira nesta semana as regiões de Pelotas — da laranja para a vermelha –, Santa Maria, Uruguaiana e Erechim. As últimas três tiveram redução na classificação de risco, da vermelha para a laranja.

A 35ª rodada do Distanciamento Controlado vigora entre os dias 5 e 11 de janeiro.