Policiais sofrem pressão devido à mobilização contra o parcelamento

O Conselho de Representantes da UGEIRM deliberou, em reunião realizada no mês de julho, uma série de ações de mobilização, para dar resposta aos ataques do governo Sartori/PMDB. Entre as medidas, está a diminuição da produção cartorária e a recomendação para que fossem registradas apenas as ocorrências criminais. Além disso, também houve a orientação para que os policiais se negassem ao cumprimento das metas do Programa Qualificar.

Essas ações têm provocado uma reação dos gestores em várias delegacias. Vários policiais já relataram uma forte  pressão para que os Agentes voltem a cumprir as metas do programa Qualificar, além das cobranças em relação ao registro de ocorrências não criminais. Essa reação demonstra que a nossa mobilização está alcançando repercussão e incomodando o governo, que, provavelmente, está pressionando os gestores em relação aos resultados.

É importante lembrar que esses delegados, que têm pressionado os Agentes, também estão com seus salários parcelados e com seus direitos sendo atacados pelo governo Sartori/PMDB. A mobilização dos policiais é em defesa de toda a Polícia Civil, instituição da qual esses delegados também fazem parte.

No entanto, não podemos aceitar essa pressão. Os colegas que estão seguindo as deliberações do Conselho de Representantes têm que receber o apoio de toda a categoria. A melhor maneira de apoiar esses colegas, além da assistência do sindicato, é a ampliação da mobilização. Quanto mais policiais se negarem a cumprir as metas absurdas do programa Qualificar e restringir seu atendimento às ocorrências criminais, menores serão os argumentos dos gestores para eventuais punições. O governo não tem como punir toda a categoria.

A UGEIRM está fazendo várias reuniões com as delegacias especializadas, na Capital, Região Metropolitana e no Interior, onde a disposição de luta é muito grande. Não é por acaso que nesses locais a pressão tem sido grande sobre os policiais. Essas delegacias têm características próprias e que podem colaborar de forma muita efetiva com a mobilização.

Para o presidente da UGEIRM, Isaac Ortiz, “agora é a hora de avançarmos ainda mais na nossa pressão sobre o governo. A nossa mobilização já conseguiu fazer o governo recuar no ataque à nossa aposentadoria. Porém, as nossas promoções continuam suspensas e, em setembro, a possibilidade do encontro das folhas de pagamento é cada vez mais real. Sabemos que a única garantia que temos contra as punições, é o fortalecimento da nossa mobilização. Todas as vezes que a categoria atuou unida, conseguimos grandes vitórias, como agora na luta pela aposentadoria policial. Por isso, vamos continuar questionando as metas do programa Qualificar e reduzindo a produção cartorária. Nosso trabalho é a única arma que temos contra os ataques do governo Sartori/PMDB”.