Basta de violência nas escolas! UGEIRM está solidária ao Colégio Protásio Alves

Por Assessoria de Imprensa da UGEIRM

ugeirmNa manhã desta sexta-feira (10), os diretores da UGEIRM Sindicato participaram da reunião de professores do Colégio Estadual Protásio Alves, no bairro Azenha de Porto Alegre, para prestar apoio ao último caso de violência sofrido na escola. Na noite de quarta-feira (8), um estudante de 18 anos foi esfaqueado na altura do coração, vítima de um assalto quando deixava a aula, por volta das 20h30. De acordo com a diretora Ana Maria de Souza, foram mais de 50 casos de assaltos na entrada ou saída do colégio, desde o começo do ano. Os educadores cobram do governo investimentos nas escolas e na segurança. Na próxima quinta-feira, dia 16 de julho, haverá uma audiência pública da Educação, na Câmara Municipal de Porto Alegre, para tratar do assunto.

Para Isaac Ortiz, presidente da UGEIRM, o aumento da criminalidade é um reflexo da opção do governo em sucatear a Educação, Saúde e Segurança Pública. Desde o início do ano, Sartori não apresentou uma política de segurança para o estado e está penalizando a sociedade pela crise, com cortes no serviço público em detrimento de cobrar as isenções fiscais de grandes grupos econômicos sonegadores de impostos. “Estamos solidários aos educadores e nos colocamos à disposição para construir unidade e denunciar o desmonte do funcionalismo por parte do governo”, disse Ortiz na reunião de professores.

ugeirm2A presidente do Cpers Sindicato, Elenir Oliveira, também esteve na reunião do colégio e reforçou a necessidade de mobilização da categoria para garantir a qualidade dos serviços públicos. Os professores também se manifestaram e estão mobilizados para denunciar as péssimas condições de trabalho e segurança na escola. Eles querem mostrar a sociedade que a culpa da crise do Estado não é dos trabalhadores e que os serviços essenciais para a população não podem ser negligenciados pelo governo.

Ontem, alunos e professores do Protásio Alves realizaram três protestos durante o dia. Pela manhã, eles fizeram uma caminhada e, pela tarde, um grupo bloqueou parte das avenidas Ipiranga e Getúlio Vargas. Às 19h15min, um grupo de pais se uniu aos alunos e foram para a frente da escola cobrar segurança por parte do governo. De acordo com a imprensa, durante os protestos, estudantes relataram que o ataque recente não é um caso isolado. Shirley Rosa, 16 anos, aluna do 2º ano do Ensino Médio, calcula que foram 15 assaltos a estudantes nos últimos 20 dias.

Aluno está hospitalizado

Após sofrer o assalto, o estudante Denner Centeno passou por cirurgia de emergência e está internado em estado grave na UTI do Hospital de Pronto Socorro, com lesão no ventrículo. Ele ficará na UTI por pelo menos 48 horas para drenar o sangue e certificar que outros órgãos não foram atingidos.