Burocracia do governo causou atraso do pagamento dos novos policiais

Formatura dos 217 novos policiais
Formatura dos 217 novos policiais

Os novos policiais civis, que tomaram posse no dia 9 de fevereiro, estão até agora sem receber seus salários. Devido a um atraso na burocracia relativa a criação de vínculo dos novos policiais, os seus nomes não foram incluídos na folha de pagamento do mês de fevereiro. Quanto a folha de pagamento do mês de março, a UGEIRM apurou que os nomes da maior parte dos novos policiais foram incluídos. Apenas uma pequena parte ainda não teve seu vínculo criado, pois, de acordo com informações da secretaria de Administração, ou têm alguma pendência de documentação ou já possuíam vínculo com o Estado, o que ocasionou um atraso ainda maior. A direção da UGEIRM pede que os novos policiais, que não tiverem seus nomes incluídos na folha de pagamento, procurem o sindicato para que sejam tomadas as providências cabíveis.

Para o presidente da UGEIRM, Isaac Ortiz, “esse caso mostra a falta de atenção que o governo tem com os salários dos servidores. Uma burocracia que, normalmente, deveria ser resolvida rapidamente, leva mais de um mês para ser concluída. Talvez o governo do estado tenha se esquecido que, do outro lado, existem pessoas que precisam do salário para pagar suas contas. Não dá para achar normal que a secretaria de Administração demore tanto tempo para a criação de vínculo dos novos policiais. Mais grave ainda, quando sabemos que esses colegas já estavam há quase seis meses cursando a Academia de Polícia, portanto a burocracia já poderia ter sido adiantada há muito tempo”.

140 concursados de 2013 ainda não foram chamados

Apesar da falta de policiais e do aumento da violência no estado, cerca de 140 aprovados no concurso de 2013 ainda não foram chamados para cursar a Academia de Polícia. O governador Sartori/PMDB, que havia prometido chamar os 650 aprovados, ainda não definiu uma data para a convocação desses novos policiais. Se houvesse vontade política do governo, esses policiais já poderiam estar nas ruas, ajudando no combate à verdadeira epidemia de violência que assola o RS.