Decisão judicial leva o caos a DPPA de São Leopoldo

Uma decisão Judicial que determina a retirada de todos os presos dos containers, que estava servindo provisoriamente para abrigar os presos que aguardam vagas no sistema penitenciário, está levando o caos à DPPA de São Leopoldo. Presos espalhados pela delegacia, carceragens superlotadas e até a rua fechada para abrigar os presos nas calçadas, foi o resultado da decisão judicial.

A rua, em que está localizada a DPPA, teve que ser fechada na manhã desta quarta-feira (02), para garantir a segurança da população. Somente essa medida já demonstra o risco a que estão expostos (as) os (as) policiais civis que trabalham na delegacia. A decisão do judiciário pode ser justificada pelas condições em que estavam os presos detidos nos containers. Porém, determinar a retirada desse local e não ter para onde levar, beira a irresponsabilidade. Se estava ruim nos containers, pior ainda está na DPPA de São Leopoldo. Na semana passada, o Judiciário, o Ministério Público e o Executivo fizeram um acordo para retirar todos os presos das celas das delegacias e das viaturas. Essa situação de São Leopoldo representa um retrocesso. Ela prejudica os (as) policiais civis que ficam expostos ao risco de uma rebelião e trabalhando em desvio de função,  à população que fica impossibilitada de ser atendida na delegacia com um mínimo de segurança e ao próprio comércio local, que fica prejudicado com o fechamento da rua e com o clima de insegurança.

Esperamos que o Executivo e o Judiciário tomem medidas urgentes para resolver a situação. Essa solução não pode passar por transformar o pátio da delegacia em carceragem, levando os presos que estão na rua para dentro da Delegacia, como já foi feito de vezes anteriores, inclusive com a utilização de um ônibus-cela estacionado na DPPA. Esses presos têm que ser retirados da frente da delegacia e encaminhados para o sistema prisional, que é o local apropriado, como o próprio judiciário já reconheceu. A UGEIRM vai acompanhar a situação e cobrar uma solução do Governo e do Judiciário, além de acompanhar o desenrolar da situação. Não vamos esperar que uma tragédia aconteça, para agir.