Dia 11 os servidores vão parar contra o parcelamento de salários

marcha_segurancaComo parte do Dia Nacional de Paralisação contra a retirada de direitos, os servidores públicos gaúchos estão convocando, para sexta-feira (11), uma paralisação de 24 horas contra o parcelamento de salários promovido pelo governo Sartori/PMDB. Os Policiais Civis vão começar a paralisação a partir das 8 horas. São dez meses consecutivos de parcelamento, sendo que, em outubro, os servidores receberam no fim do mês a quantia absurda de R$ 750.

Em recente decisão, o STF (Supremo Tribunal Federal) autorizou o desconto dos dias parados dos servidores públicos que realizarem greve. Porém, na decisão, o STF salienta que nos casos de atraso de salários, a greve é legal e não é permitido o desconto dos dias parados.

Além do parcelamento dos salários, o governo Sartori/PMDB também ataca os serviços públicos e já prepara um pacote de privatizações e ataque aos direitos dos trabalhadores. A venda de empresas públicas já está pautada na Assembleia Legislativa. Além disso, o governador Sartori/PMDB, através da Casa Civil, já sinalizou para a UGEIRM que é contrário à aposentadoria especial da mulher policial e de outros direitos conquistados pelos policiais.

Polícia Civil vai parar também contra a detenção de presos nas delegacias

Presos permanecem detidos em viaturas por mais de 24 horas
Presos permanecem detidos em viaturas por mais de 24 horas

Na sexta-feira (11) os policiais civis vão se concentrar, a partir das 8 horas, em frente à 3ª DPPA de Porto Alegre, onde vários presos continuam detidos ilegalmente. Lá, será realizado um protesto, mostrando para a população as condições de trabalho que os policiais têm enfrentado. A própria vida dos policiais tem sido colocada em risco, ao ter que cuidar de presos encarcerados em condições inadequadas, sem equipamentos e executando funções que não são suas. Tudo isso com salários parcelados e sem dinheiro nem mesmo para pagar suas contas mais elementares

Desde o ano passado, a UGEIRM vem denunciando a presença de presos nas carceragens das delegacias e os riscos que isso representa. No último mês viramos motivo de chacota nacional com as imagens de presos detidos em viaturas policiais por mais de 24 horas. E o que a UGEIRM vinha alertando acabou acontecendo. No último domingo, uma policial civil teve que ser hospitalizada, depois de intervir para conter uma rebelião na carceragem da DPPA de Canoas, na região metropolitana. Não podemos esperar que uma tragédia maior aconteça.

Para o presidente da UGEIRM, Isaac Ortiz, “o dia 11 é fundamental para denunciarmos mais uma vez a política homicida do governo Sartori/PMDB. Não é mais possível tolerar situações como a ocorrida em Canoas. Não podemos esperar que um policial morra. Agora o governo tenta criar factoides, dizendo que vai colocar presos em containers, navios ou prédio públicos. Sartori já está há quase dois anos no governo e ainda vem com medidas emergenciais, no improviso. Se em dois anos não conseguiu resolver nem o problema das carceragens, como é que vamos acreditar que vai tirar o estado da crise financeira que se encontra. Sartori tem que pegar seu chapéu e ir embora. O Rio Grande do Sul não vai aguentar mais dois anos de desgoverno e incompetência. São nossas vidas que estão sendo colocadas em risco”.

No dia 11 de novembro o Brasil vai parar contra a PEC do Fim do Mundo

No Brasil inteiro, o dia 11 de novembro será um Dia Nacional de Greve contra a retirada de direitos promovida pelo governo Temer/PMDB. A mobilização foi convocada, inicialmente, pelas centrais sindicais e está sendo encampada pelos mais diversos movimentos. O principal alvo da mobilização é a antiga PEC 241, que agora ganhou a numeração de PEC55 ao chegar no Senado. Os movimentos sociais estão chamando esse projeto de PEC do Fim do Mundo, pois a mesma congela por 20 anos todos os investimentos públicos, inclusive aqueles destinados à saúde, educação e segurança pública. Além de congelar os investimentos públicos, essa PEC proíbe contratação de novos servidores, congela salários e provoca um verdadeiro desmonte do serviço público em todas as esferas.

A aprovação da PEC do Fim do Mundo é a pré-condição para o governo fazer as reformas trabalhistas e da previdência. O próprio Michel Temer/PMDB, já declarou que a PEC do Fim do Mundo é a mãe de todas as reformas. Com ela aprovada, o governo vai partir para reformar a Previdência, com o fim da paridade e a aposentadoria especial, e fazer a reforma trabalhista, com a desregulamentação das relações trabalhistas e a implantação da terceirização em todo o serviço público. Para a diretora da UGEIRM, Neiva Carla, “a aprovação dessa PEC é o que o governo precisa para partir ao ataque aos direitos previdenciários e trabalhistas. Com a implantação do teto de gastos, o governo vai se sentir à vontade para cortar a aposentadoria especial da mulher policial, acabar com a paridade entre ativos e inativos e com a própria aposentadoria especial dos policiais. Se não barrarmos a PEC, ficará muito mais difícil determos essas reformas depois”.