Entidades protocolam pedido de CPI da Segurança Pública na Assembleia

entrega_cpiNa tarde desta terça-feira (08), a UGEIRM participou da entrega de um pedido de abertura de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar a aplicação dos recursos de segurança pública pelo governo do estado. A CPI tem como objetivo, também, fazer uma análise das políticas públicas na área da segurança.

A ideia de pedido de instalação de uma CPI sobre a segurança Pública, partiu da constatação que o Rio Grande do Sul vive, hoje, a maior crise de violência da sua história. As políticas implementadas pelo governo Sartori/PMDB têm se mostrado desastrosas. Para o vice-presidente da UGEIRM, Fábio Castro, que estava presente na entrega do pedido, “os cortes de investimentos, os parcelamentos de salários e o desmonte da segurança pública têm imposto um preço muito alto para a população gaúcha. Desde que assumiu, o governador vem impondo uma política extremamente recessiva que só piora a situação. Sartori/PMDB já conseguiu aprovar o aumento de impostos, parou de pagar a dívida com a União, aumentou o limite de saques dos depósitos judiciais e, mesmo assim, continua alegando que não tem dinheiro para investir na segurança pública. O objetivo dessa CPI é apurar para onde foi esse dinheiro”. Fábio Castro lembra que “o efetivo da Polícia Civil, hoje, é o menor da história. Há 10 anos tínhamos mais de 6.000 policiais na ativa, hoje são pouco mais de 5.000. Estamos com mais de 100 policiais ainda aguardando a convocação para começar a Acadepol. Quando esses policiais estiverem prontos, já estaremos precisando de novo concurso público. Sem efetivo é impossível a implantação de qualquer política de segurança pública”, conclui.

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Retrato da crise: presos algemados em lixeira, por superlotação nas celas das delegacias!

Nesta quarta-feira (09), amanhecemos com a imagem de presos algemados a uma lixeira na frente do Palácio da Polícia. A segurança pública chegou no fundo do poço. No domingo (06), uma policial acabou hospitalizada ao intervir em um princípio de rebelião na DPPA de Canoas. Precisamos apurar as responsabilidades por esse caos. O Legislativo precisa tomar para si o papel atribuído a ele pela Constituição, que é o de fiscalizador dos atos do Executivo.

O próximo passo é pressionar os deputados para assinarem o pedido de CPI. Para ser instaurada, a CPI precisa da assinatura de, pelo menos, 19 parlamentares. Na entrega do pedido, além da UGEIRM e da OAB/RS, estiveram presentes as entidades da segurança pública, representantes da Brigada Militar, SUSEPE, IGP e Corpo de Bombeiros.