Polícia Civil desmonta plano que pretendia executar Policiais e Juíza

Operação Clivium, feita no ano passado, desarticulou a quadrilha que tinha sua base em Gravataí Foto: Ronaldo Bernardi / Agência RBS
Operação Clivium, feita no ano passado, desarticulou a quadrilha que tinha sua base em Gravataí
Foto: Ronaldo Bernardi / Agência RBS

A Polícia Civil descobriu um plano que pretendia executar Policiais Civis, uma Juíza, e seus familiares. Os dados das possíveis vítimas dos bandidos foram encontrados através do cumprimento de um mandado de busca na casa de um Policial Militar, do Vale do Taquari, que teria ligação com os criminosos. Esses dados teriam sido conseguidos através do acesso ao sistema de segurança do governo do estado. A Polícia não descarta o envolvimento de outros PMs.

Plano de vingança contra operação policial

O objetivo da quadrilha seria se vingar dos Policiais Civis que participaram da operação que prendeu mais de 120 traficantes, a Clivium, realizada em junho do ano passado. O atentado à Juíza, seria por sua participação na devassa financeira que o judiciário tem efetuado e que resultou na apreensão de vários bens dos traficantes e no bloqueio de contas bancárias.

A juíza atuava no município na época da investigação e concedeu aos policiais os mandados de prisão e de busca. Ela também aceitou as denúncias que viraram processos judiciais, são cerca de 40. Ela, devido às ameaças, foi transferida para outra comarca. Locais e nomes estão sendo preservados.

Atentado foi planejado dentro do Presídio Central

O comando da organização que planejava o atentado se encontra dentro do Presídio Central. Seriam cerca de 15 detentos de alta periculosidade. Um deles teve de ser transferido para a Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (PASC). A polícia chegou a apreender um carro blindado com chapas de aço chamado de “caveirão”, que pertencia à organização criminosa. O blindado contava até com espaço para atiradores, tendo sido utilizado para mais de 30 assassinatos.

Política desastrosa do governo Sartori/PMDB levou a descontrole da violência

Em maio de 2015 a UGEIRM já alertava, em relação aos efeitos que poderiam trazer as políticas do governo Sartori/PMDB: “Até onde pode chegar a violência e em que grau de intensidade? Motins em casas prisionais, ataques às delegacias e atentados aos servidores da Segurança, até então não verificados em nosso estado são ações que podemos descartar?” (leia aqui). A resposta parece que está sendo dada agora. Um plano de uma organização criminosa visava atacar agentes policiais e uma juíza. O momento que tanto temíamos bateu na porta dos gaúchos. Mesmo com a humilhação que o governo Sartori/PMDB impõe aos policiais todos os meses, com o parcelamento de salários, os policiais civis ainda conseguiram evitar um mal maior, desbaratando o plano que pretendia atentar contra a vida de agentes públicos que estavam cumprindo seu dever. Mas o sinal de alerta foi acionado: a vida dos agentes da segurança pública está em risco! Se algum atentado acontecer contra um policial ou sua família, sabemos onde devemos procurar os responsáveis. Eles estarão no Palácio Piratini.

Para o vice-presidente da UGEIRM, Fábio Castro, esse descontrole é consequência direta da política homicida que corta investimentos, parcela salários e desmonta a segurança pública. “Quando o crime se organiza ao ponto de programar um atentado de represália contra policiais civis e juízes, é sinal que o governo perdeu o controle e não tem mais condição de governar. Sartori/PMDB não tem mais condição de governar! Os policiais precisam discutir seriamente o pedido de impeachment desse governador. São nossas vidas que estão em jogo. Se um governador não pode garantir a vida dos agentes da lei, ele não pode mais continuar no cargo”, finaliza Fábio Castro.