Mesmo com a Força Nacional, violência bate recorde no fim de semana

forca_nacionalA maquiagem pretendida pelo governo Sartori/PMDB não funcionou. A convocação da Força Nacional para fazer figuração nas esquinas dos bairros nobres de Porto Alegre não conseguiu diminuir os números de mortes no estado. Foram 33 pessoas assassinadas do meio-dia de sexta até a segunda-feira. Esse é o fim de semana mais violento de 2016. Parece que a realidade deu um recado ao governo Sartori/PMDB: a violência não aceita maquiagem.

Infelizmente, as medidas anunciadas pelo governo, até agora, foram apenas respostas midiáticas a uma crise que exige medidas muito mais profundas. Enquanto o governo Sartori/PMDB bate cabeça na área de segurança pública, os gaúchos morrem vitimados pela violência. A presença da Guarda Nacional já virou motivo de piadas para os gaúchos. Os carros da Guarda Nacional, parados nas esquinas dos bairros nobres de Porto Alegre, enquanto a periferia da capital e as cidades do interior são vítimas dos criminosos, é uma mostra de como esse é um governo que se guia apenas pela mídia.

No final de semana foram 33 mortes. Essas mortes, para a mídia, não têm rostos, nem história, nem famílias. Talvez por isso não motive o governo a colocar um carro da Guarda Nacional na esquina de uma rua do bairro Rubem Berta, onde os esquartejamentos se tornaram rotina. Mas, para desgosto do governo Sartori/PMDB, essa violência transborda das Vilas e chega também nos bairros nobres. A imagem de um carro desovando um cadáver no bairro Independência, na região central de Porto Alegre, como aconteceu no último sábado, talvez seja o retrato acabado desse transbordamento da violência.

Agora é a hora do governo tomar alguma atitude. Se deixarmos para depois poderá ser tarde demais e o nosso estado terá trilhado um caminho sem volta, onde o Estado não seja mais capaz de conter a violência. O Rio Grande do Sul necessita de medidas concretas e coerentes. A política de segurança não pode mais sobreviver de medidas emergenciais que são apenas remendos. O governo tem que chamar a sociedade civil para uma grande discussão de uma política de segurança pública, com início, meio e fim.