Nota de apoio e solidariedade da UGEIRM ao Escrivão de Polícia Cauê Panatieri

A direção da UGEIRM vem se manifestar em apoio e solidariedade ao Escrivão de Polícia Cauê Reis Panatieri, lotado na 1ª Delegacia de Investigação de Pessoas Desaparecidas, que foi injustamente agredido ao ser abordado por vários Policiais Militares, quando exercia seu trabalho, na tarde do dia 11 de janeiro. Cauê executava um trabalho de investigação, que estava sendo concluído com a prisão de um conhecido criminoso que atua na área do Centro de Porto Alegre e conta com uma extensa lista de antecedentes criminais, incluindo o crime de homicídio. Devido à abordagem da Polícia Militar, infelizmente o criminoso conseguiu fugir da prisão que estava sendo executada.

De acordo com o relato de Cauê e os vídeos que circulam na internet, a abordagem executada pelos cerca de dez Policiais Militares, foi completamente despropositada, pois o Policial Civil se identificou como tal, inclusive pedindo para que os policiais militares verificassem a sua Carteira Funcional. No entanto, os policiais militares se negaram a verificar a funcional do colega e procederam com uma série de agressões, terminando por algemá-lo e derrubando-o no chão, inclusive com a aplicação de choques através de um taser. Após a sua imobilização, Panatieri foi conduzido até a 2ª DPPA, onde a Delegada registrou a ocorrência, qualificando o Policial Civil como vítima e solicitando a apuração das circunstâncias da detenção, pois o Escrivão não havia praticado nenhum ilícito e estava no cumprimento do seu dever.

A direção da UGEIRM se coloca de forma contundente contra esse tipo de abordagem e exige a apuração imediata dos fatos, tanto pelo Comando da Brigada Militar, quanto pela Secretaria de Segurança. Uma atitude despropositada de alguns policiais não pode manchar a instituição Polícia Militar, que conta, na sua quase totalidade, com profissionais qualificados e corretos no cumprimento do seu dever. O Sindicato reafirma sua solidariedade com o Escrivão Cauê Panatieri e se coloca à disposição do colega, para todas as medidas legais que se mostrem necessárias e para a cobrança de medidas que procurem esclarecer a situação absurda a que foi submetido. Infelizmente, somos obrigados a lidar com uma situação em que um profissional, no exercício de sua função, em vez de ter a sua segurança garantida pelo Estado, vê sua integridade física ameaçada por integrantes de uma Instituição do próprio Estado a que serve.