Polícia Civil precisa dar suporte a policiais aposentados na aquisição e porte de arma

O (a) Policial Civil conquistou o direito de manter seu porte de arma após a aposentadoria, porém o processo para que isso seja concretizado ainda é longo e trabalhoso. É preciso evitar que um direito justo, se torne um tormento para os aposentados.

É   inegável que a prerrogativa de porte de arma de fogo, por parte dos policiais aposentados, é uma questão de justiça e de segurança para esses servidores e para a própria sociedade. Porém, para que esse direito seja realmente efetivo, é necessário que o poder público disponibilize a estrutura e as condições para que ele se concretize de forma ágil e pronta.

Infelizmente, essa não é a realidade enfrentada pelos (as) Policiais Civis gaúchos (as). O processo para a aquisição da sua arma particular, após a aposentadoria, é demorado e trabalhoso, se tornando fonte de preocupação e aborrecimentos. É comum, vermos recém-aposentados procurando a UGEIRM para o auxílio na aquisição de sua arma e a requisição do porte, tal a complicação de todo o processo. De acordo com os relatos colhidos, da entrada na compra do armamento até a aquisição efetiva, com o porte de arma, o processo pode demorar até 11 meses.

Exemplo da BM deve ser seguido pela PC

Visando encontrar uma solução para esse problema, a direção da UGEIRM entrou em contato com a Brigada Militar, através do Tenente Neto, para saber como ocorre esse processo na Instituição. Para surpresa do sindicato, enquanto na Polícia Civil todo o processo é feito pelo próprio aposentado, sem nenhum suporte da Instituição, na Brigada Militar o processo é encaminhado por um órgão específico da própria BM. Esse departamento recebe o pedido e encaminha todo o processo, até a aquisição definitiva e a emissão do porte de arma do policial aposentado.

UGEIRM vai encaminhar reivindicação à Chefia de Polícia

Para o Presidente da UGEIRM, Isaac Ortiz, “essa situação não pode continuar e precisa ser resolvida o mais rápido possível. Vamos procurar a Chefia de Polícia para, juntos, buscarmos uma solução. A Instituição precisa se responsabilizar pela manutenção do direito do policial aposentado portar a sua arma. Isso não é um privilégio, mas uma necessidade para a segurança do aposentado e da própria sociedade”.

Ortiz prossegue, informando que “o sindicato vai propor que esse processo seja todo realizado dentro da própria Polícia Civil, de forma ágil e célere, como acontece na Brigada Militar. Sabemos que temos uma legislação a cumprir, mas não se justifica que o (a) Policial Civil, que dedicou toda a sua vida à Instituição e à segurança da sociedade, seja abandonado após a sua aposentadoria em uma questão tão importante, que é a sua segurança pessoal”.