Policiais reagem ao 21º parcelamento de salários do governo Sartori/PMDB

O 21º parcelamento de salários do governo Sartori/PMDB foi a gota d’água para a Polícia Civil. Após receber apenas R$ 350 no fim do mês de agosto, a categoria começou a reagir por todo o estado. Em algumas cidades, a polícia civil se uniu aos outros segmentos do serviço público e protestou. Em Santiago, por exemplo, os policiais civis, junto com professores e familiares de policiais militares, protestaram em frente ao quartel da Brigada Militar na região, impedindo a saída de viaturas que fariam o policiamento ostensivo na cidade. Em várias cidades, os policiais foram para a entrada das delegacias, portando seus contracheques, e protestaram contra mais esse parcelamento.

Canoas e Cachoeirinha apontam o caminho

Em Canoas e Cachoeirinha, na região metropolitana, os Agentes enviaram um ofício, informando aos delegados locais, que não mais participarão de convocações extraordinárias (operações policiais, condução de presos, etc), enquanto perdurar o parcelamento de salários. A iniciativa dos colegas da região metropolitana, vem se somar a várias outras que já haviam sido tomadas pelos policiais de diversas cidades do interior do estado, que também se manifestaram, formalmente, informando que não participariam de convocações extraordinárias enquanto perdurar o parcelamento de salários. Essa atitude demonstra que os policiais não aceitarão calados mais esse ataque do governo Sartori/PMDB. Desde o início desse governo, os policiais vêm sendo tratados com total descaso pelo governo. Não publicação das promoções, ataques à aposentadoria policial, superlotação das carceragens, ameaças aos reajustes da Tabela de Subsídios, fim da licença prêmio, além dos sucessivos parcelamentos de salários, levaram a Polícia civil a uma situação extrema. A atitude dos colegas de Canoas e Cachoeirinha é um caminho a ser seguido pelo conunto da Polícia Civil.

UGEIRM apoia e incentiva iniciativas como as dos policiais da região metropolitana

Para o presidente da UGEIRM, Isaac Ortiz, “não é mais possível aceitarmos a forma como estamos sendo tratados pelo governo. Os colegas de Canoas e Cachoeirinha estão mostrando o caminho que podemos seguir. O governo utiliza nosso trabalho para fazer propaganda, então nada mais justo que utilizarmos nosso trabalho para garantirmos condições dignas de trabalho. Se não recebemos salários, não podemos mais continuar trabalhando como se nada estivesse acontecendo. A UGEIRM orienta aos policiais de todo o estado a seguirem o exemplo dos colegas da região metropolitana e de várias cidades do interior. Vamos deixar claro que não vamos participar de operações policiais e nem alimentar as estatísticas do programa Qualificar, enquanto o governo não paga nossos salários. A melhor forma do governo qualificar o trabalho policial é pagando os salários dos policiais em dia”.

Veja, abaixo, os ofícios dos policiais da região metropolitana: