Primeiro dia de paralisação tem 100% de adesão da Polícia

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O primeiro dia de paralisação dos servidores públicos foi um grande sucesso. A Polícia Civil teve 100% de adesão. Por todo o Estado aconteceram Atos Unificados, demonstrando a união dos servidores contra os ataques do Governo Sartori. Em Santa Maria os Policiais, junto com a Brigada Militar e a SUSEPE, promoveu um trancaço na Cidade, bloqueando as VTRs, além de impedir a saída do patrulhamento do BOE. Aconteceram atos unificados também em Montenegro, Caxias, Santo Ângelo e várias cidades do interior. Em Caxias do Sul, os servidores bloquearam a BR116, chamando a atenção para a paralisação dos servidores públicos. Em Porto Alegre, o Palácio da Polícia também paralisou. Pela manhã os servidores públicos fizeram manifestação em frente ao centro Administrativo, paralisando totalmente as atividades. Durante a entrevista do Governador Sartori anunciando o parcelamento dos salários, podia se ouvir a manifestação dos servidores vaiando o governador. O governo, com medo da mobilização dos servidores, bloqueou a entrada do Palácio Piratini, medida que não era tomada desde o governo de Yeda Crusius. Para o presidente da UGEIRM, Isaac Ortiz, “os servidores já mostraram a sua força neste primeiro dia de paralisação. Porém é fundamental mantermos a mesma força e mobilização nos próximos dias. Vamos mostrar ao governo Sartori que não vamos aceitar o parcelamento dos salários”.

Sartori confirma pagamento de R$ 600 para o servidores

Em entrevista coletiva concedida nessa manhã, o Governador Sartori anunciou o que os policiais já tinham confirmado em suas contas correntes: R$ 600,00 de pagamento pelos serviços prestados à população gaúcha. Na mesma entrevista, o governador anunciou o calendário de pagamento dos salários do mês de agosto. Serão mais R$ 800 até o dia 11 de setembro, no dia 15 será paga a quantia de mais R$1.400 e para quem ganha acima de R$ 2.800, o salário só será complementado até o dia 22.

Mais uma vez o governador usou do discurso do caos para justificar o ataque aos servidores e ao serviço público. “A situação é difícil. Chegou a hora da verdade. A situação financeira do Estado é emergencial. Poderíamos chamá-la de quase calamidade” afirmou. Como se não existisse solução que não penalizasse os servidores públicos. Já foi apresentada a proposta de aumentar o limite dos saques judiciais, o que garantiria o pagamento em dia de toda a folha de pagamento, até o final do ano. Mas isso não atende ao objetivo de aumentar impostos e privatizar as empresas públicas, então não interessa ao governo Sartori. O discurso do caos como chantagem, vai continuar até o governo conseguir aprovar os projetos de aumento de impostos e privatização na Assembleia Legislativa.

Audiência Pública discutirá PLC206

Na quinta-feira (3), os servidores estarão na Assembleia Legislativa para acompanhar a Audiência Pública que discutirá o PLC206. A Audiência acontecerá às 11 horas. As entidades estão convocando uma concentração a partir das 9 horas da manhã, em frente à Assembleia Legislativa. O PLC206 é o projeto que institui uma nova lei de responsabilidade fiscal. A sua aprovação significará um duro ataque aos direitos dos servidores, com a impossibilidade de reajustes salariais e novas contratações. Para os policiais significará a possibilidade de não implementação da nova Tabela de Subsídios, a não contratação dos policiais aprovados no último concurso e o não pagamento de horas extras. Para o Presidente da UGEIRM, Isaac Ortiz, “essa Audiência é uma grande oportunidade para pressionarmos os deputados e explicarmos à população o que significa o PLC206. É um ataque não só aos servidores, mas a todo o povo gaúcho. O desmonte da segurança pública vai atingir diretamente a população. Já sofremos com uma epidemia da violência no nosso Estado, com o PLC206 a situação vai se agravar. É impossível, para os policiais, combater a violência sem as mínimas condições de trabalho. Viaturas continuarão sucateadas, delegacias sem pessoal e salários rebaixados”.

Dia 4 vamos a São Borja cobrar coerência do PDT e seus deputados

Na próxima sexta-feira (4), os servidores estarão em São Borja para cobrar dos deputados do PDT coerência com sua história. A pressão começará com um ato às 10h30 em Santo Ângelo. Após a ato, a caravana de servidores públicos seguirá para São Borja. Lá será realizado um Ato Público no cemitério onde estão localizados os túmulos dos Ex-presidentes Getúlio Vargas e João Goulart, além do líder histórico do PDT, o ex-governador Leonel Brizola. Fabio Castro, vice-presidente da UGEIRM, explica que “a ideia é relembrar a luta desses líderes, que sempre defenderam o serviço público e os trabalhadores. Com isso, esperamos que os atuais líderes do PDT rejeitem o PLC206, honrando a história dos seus líderes e do seu partido. Getúlio, Jango e Brizola não merecem ter seus nomes associados a políticas que atacam os trabalhadores e penalizam o povo gaúcho”.