“Chegou o momento em que temos que voltar atrás”, diz prefeito de Porto Alegre

Da Redação (*)

O prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior (PSDB), detalhou, ma manhã desta segunda-feira (15) o decreto que será publicado ainda hoje com medidas mais restritivas de distanciamento social para o comércio e outros setores da economia. O prefeito anunciou a decisão em uma coletiva à imprensa, na noite de domingo, quando anunciou que iria retroceder em algumas flexibilizações adotadas pelo Executivo frente à pandemia. As novas medidas devem passar a valer a partir de terça-feira. No domingo, Porto Alegre alcançou a marca de 53 óbitos por coronavírus e mais de 2,1 mil pessoas infectados pelo vírus.

Marchezan disse que as medidas visam diminuir a circulação de pessoas pela cidade. Essa decisão, explicou, foi tomada já na quinta-feira, a partir das informações fornecidas pela Secretaria Municipal da Saúde. “Vínhamos numa evolução de liberações e chegou o momento onde temos que voltar atrás nestas liberações de uma forma inesperada, pois até então os números eram promissores”.

O chefe do Executivo reiterou que a decisão de retroceder na flexbilização do funcionamento de alguns setores foi motivada pela velocidade do crescimento da ocupação de leitos de UTI na cidade com pacientes que testaram positivo o coronavírus nos últimos sete dias. No dia 6 de junho, as UTIs dos hospitais da Capital abrigavam 46 pacientes com covid-19. Uma semana depois esse número saltou para 72.

Segundo informações antecipadas pela Prefeitura, o novo decreto restringirá o funcionamento presencial aos comércios e atividades cujo faturamento é igual ou superior a R$ 400 mil/mês. Ficarão fora dessa regra serviços considerados essenciais, serviços de tecnologia (chips, consertos de computadores e assistências) e àqueles ligados a assistência de automóveis. Além disso, a limitação no horário de funcionamento de bares e restaurantes será reduzida, passando das 23h para 22h . O novo decreto também suspenderá a oferta presencial na área de serviços em Porto Alegre, exceto os considerados essenciais, como os serviços públicos e os de contabilidade, por conta do prazo para declaração do Imposto de Renda.

Ainda neste domingo, o prefeito se reuniu, por videoconferência, com representantes de entidades empresariais da Capital para debater sobre a publicação do novo decreto. Antes da reunião com as entidades, Marchezan esteve com secretários e técnicos do governo que integram o Comitê Técnico de Enfrentamento ao Coronavírus. Segundo o Município, durante o encontro, que durou mais de uma gora, o grupo analisou os dados do monitoramento da situação epidemiológica e sanitária em Porto Alegre e definiu as medidas de flexibilização que serão adotadas na Capital a partir do novo decreto.

(*) Com informações da Prefeitura de Porto Alegre.