Esposas de brigadianos dão exemplo na luta contra o parcelamento

canoas2

A luta contra o parcelamento do salário dos servidores públicos trouxe uma novidade essa semana: a participação de um grande número de esposas e familiares de brigadianos bloqueando as entradas dos Batalhões.

17608162A participação dos familiares e o bloqueio da saída dos batalhões têm sido uma forma de garantir a paralisação da BM sem colocar em risco de punição os brigadianos. A BM está constitucionalmente proibida de fazer greve.

Desde segunda-feira (31) a cena se repete, com cadeiras de praia, cuias de chimarrão, cobertores e muita disposição, as mulheres se posicionam na entrada dos Batalhões e impedem a saída dos policiais. Elas afirmam claramente que não querem que seus maridos saiam para trabalhar após terem recebido apenas uma parcela de R$ 600 na segunda-feira (31). Elas estão assumindo, na prática, a luta ao lado dos policiais pela sobrevivência das suas famílias.

cn4meqswcaaz8jh.jpg_largeA tática é simples e corajosa, tendo sido aplicada em várias cidades do Estado: assim que notam algum movimento de deslocamento de brigadianos para saírem do Batalhão, os familiares se dão as mãos e fazem um cordão humano, impedindo a saída dos policiais. Em algumas cidades, como Canoas, os policiais saem por portões localizados nos fundos dos batalhões. Mas os familiares não arredam os pés da frente dos Batalhões.

Na maioria das cidades elas tem recebido a solidariedade e apoio das demais categorias do funcionalismo estadual, que se unem nos cordões humanos para bloquear a saída dos batalhões. A Polícia Civil e os servidores da SUSEPE tem se somado às esposas e familiares dos Brigadianos, demonstrando a unidade dos trabalhadores da Segurança Pública contra o desmonte do setor pelo governo Sartori. Essas mulheres, com sua disposição de luta e perseverança têm sido um exemplo na luta dos servidores contra o desmonte do serviço público e na garantia da sobrevivência das suas famílias.