Polícia Civil gaúcha desbarata quadrilha de tráfico internacional de armas

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Com a colaboração de policiais uruguaios, a Polícia Civil gaúcha realizou nesta segunda-feira (26) uma grande operação de combate ao tráfico internacional de armas, munição e explosivos. Um detento do Presídio Central comandava o esquema de contrabando.

O esquema abastecia quadrilhas de assaltantes de carros, bancos e blindados, além de traficantes da Região Metropolitana. O grupo também atuava no tráfico de drogas. De acordo com as investigações da Polícia Civil, mais de 80 pessoas participavam da organização criminosa. Além do Presídio Central, a quadrilha também atuava nos presídios de Charqueadas, Santana do Livramento, Dom Pedrito, Uruguaiana e na Penitenciária Estadual do Jacuí.

Mais de 230 agentes participaram da Operação, que acontece em Rivera (Uruguai) e nos municípios gaúchos de Santana do Livramento, Rosário do Sul e Uruguaiana. Porto Alegre, Viamão, Canoas e Alvorada, na Região Metropolitana, também tiveram mandados cumpridos.

Operação teve origem em assassinatos ocorridos em 2013

Assassinatos que ocorreram em Santana do Livramento e Rivera, em dezembro de 2013, deram origem à operação. Nessa época foi desencadeada a primeira fase da ação, que na época foi chamada de Operação Queima de Arquivo. No ano de 2014, a segunda etapa, chamada de Operação Rescaldo, deu prosseguimento às investigações. Desde a primeira fase foram presas 29 pessoas, além da apreensão de três adolescentes. O número de indiciados já chega a 70.

Após o aumento da apreensão, pela polícia da Região Metropolitana, de armas vindas do Uruguai, inclusive armamentos de uso restrito das Forças Armadas, foi dado prosseguimento às investigações, que culminaram na terceira fase da investigação, desencadeada nesta segunda-feira (26), chamada de Operação Cerebrus.

Mesmo sem diárias adiantadas policiais cumpriram seu dever

Apesar do Governo do Estado não cumprir a sua parte, pagando as diárias dos policiais em deslocamento de forma adiantada, os policiais mostraram o valor da polícia civil gaúcha. Com planejamento, organização e persistência, desbarataram uma quadrilha que alimentava, com armamentos, bandidos que aterrorizavam os cidadãos em várias cidades do Estado. Esta operação mostra o crime que o governo está cometendo com o povo gaúcho ao desmontar a segurança pública do nosso Estado, impedindo a Polícia de exercer o seu trabalho.