Reunião das entidades da Polícia Civil, decidem por ações conjuntas pela reposição salarial

A reunião, realizada nessa quinta-feira (07) na sede da ASDEP, contou com a participação da UGEIRM, ASDEP, ACP-RS e Sinpol-RS. O objetivo do encontro foi o de avaliar o movimento conjunto pela reposição salarial da Segurança Pública e traçar os rumos da mobilização, tendo em vista a negativa do governo em alterar o índice de 6%, apresentado pelo governo em reunião realizada na última quarta-feira (06).

A avaliação unânime, é de que o índice de 6%, apresentado pelo governo, é insuficiente, frente as grandes perdas salariais das categorias nos últimos anos. Este índice não repõe, nem mesmo, a inflação do último ano. Somente no período do governo Leite/Ranolfo, as perdas chegam a 23%, sem contar a redução salarial causada pela reforma da Previdência estadual. Os representantes das entidades também ressaltaram o superavit recorde nas contas do estado, decorrentes do aumento da arrecadação de impostos e dos cortes dos investimentos do governo.

Frente à negativa do governo em negociar a alteração do índice de 6%, as entidades emitiram uma Nota Pública, apontando ações a serem apresentadas à categoria. Entre essas ações, estão a diminuição das operações policiais, redução das metas do Programa Qualificar, elaboração de um calendário de paralisações e a adoção da Operação Padrão. Veja a íntegra da Nota, ao final da matéria.

Em reunião com entidades, governo anuncia que não vai alterar reajuste de 6%

A reunião com as entidades da Segurança Pública, que aconteceu na quarta-feira (6) no Auditório do Centro Administrativo Fernando Ferrari (CAFF), contou com a participação do Governador, Ranolfo Vieira, do Chefe da Casa Civil, Artur Lemos Júnior, do Secretário da Fazenda, Marco Aurelio Santos, e do Procurador Geral do Estado, Eduardo Cunha. Em seu pronunciamento, logo no início da reunião, o governo anunciou que não vai alterar o reajuste de 6%, enviado para apreciação na Assembleia Legislativa. Ao final, o governo anunciou, também, que vai chamar as entidades para negociar pontos específicos das categorias.

Para justificar o posicionamento do governo, o Delegado Ranolfo Vieira, que assumiu o governo na última semana, argumentou a impossibilidade fiscal do governo em assumir novos gastos com um possível reajuste diferenciado para os servidores da Segurança Pública. Em sua intervenção na reunião, o Presidente da UGEIRM, Isaac Ortiz, expressou a posição dos Policiais Civis, que o índice de 6% é muito baixo e completamente insuficiente, frente às perdas salarias da categoria nos últimos anos.

Isaac Ortiz destacou que “a posição apresentada pelo governo causou uma grande indignação em todas as entidades que estavam presentes na reunião. A manutenção do índice de 6% demonstra uma grande insensibilidade e desrespeito com a nossa categoria”.

Agora, a UGEIRM vai consultar a categoria, para determinar como vai ser encaminhada a continuidade da pressão sobre o governo e a nossa luta na Assembleia Legislativa. Nessa discussão com a categoria e com as entidades, será colocada a possibilidade de diminuição das Operações Policiais e a volta da Operação Padrão na Polícia Civil. Além disso, vamos continuar pressionando e negociando, com o governo, as outras pautas que são de grande importância para a categoria, como a equiparação com os Capitães da BM, a Paridade e a Integralidade e a luta pela publicação das Promoções, inclusive para os policiais em estágio probatório. Porém, a posição do sindicato sobre a reposição salarial já ficou clara na reunião: não abriremos mão da alteração do índice de 6%.