UGEIRM, uma história de 38 anos em defesa dos (as) Policiais Civis

Quando, em 20 de março de 1980, um grupo de 72 Agentes da Polícia Civil gaúcha, decidiu criar, em Assembleia realizada na sede do CPERS, uma entidade que representasse os (as) Policiais Civis do Rio Grande do Sul, não imaginavam que aquela pequena Associação fosse se transformar em um dos maiores e mais representativos sindicatos gaúchos. Entre esses 72 bravos colegas, é importante ressaltar a presença de uma mulher, a hoje Comissária Jeromita Barrada, numa época onde a participação feminina era extremamente limitada.

18/08/2015 – Assembléia da UGEIRM que  aprovou paralisação de 3 dias

Inicialmente, a então União Gaúcha dos Escrivães, Inspetores, Investigadores, Rádio-telegrafistas e Mecânicos Policiais se organizou na forma de Associação. Essa organização partiu de uma demanda pela defesa jurídica dos (as) colegas , que sofriam toda sorte de perseguições (havendo, inclusive, a previsão de prisão administrativa) e tinham que custear sozinhos suas despesas. Hoje, 38 anos depois, a luta contra o Assédio Moral continua sendo uma das principais preocupações do sindicato. Desde o início, a combatividade foi a marca dessa atuação.

Sentindo a necessidade de uma representação que tivesse um poder de interlocução maior com o governo e maior representatividade na sociedade gaúcha, os (as) Agentes da Polícia Civil decidiram-se pela transformação, da então associação, em sindicato. Nascia a UGEIRM/Sindicato, hoje um dos maiores sindicatos de policiais civis do país.

Nesses 38 anos, várias lutas históricas foram travadas pela UGEIRM, sempre tendo como principal objetivo a defesa e avanço nas condições de vida e de trabalho dos (as) Policiais Civis gaúchos. Quem, hoje em dia, não sentiria dificuldade em acreditar que a promoção a comissário por antiguidade somente passou a ser possível nos anos 90? Assim como as horas extras e a promoção extraordinária aos Agentes mortos em serviço? A correção dessas absurdas distorções foi obra da luta da Ugeirm.

Durante todo esse tempo, vários governos passaram pelo Palácio Piratini. Governantes com políticas às vezes piores e outras melhores para os (as) Policiais Civis. Porém, em todos esses anos, uma coisa foi constante: a disposição do sindicato para a luta. Sempre tendo como principal norte a defesa dos interesses dos (as) policiais e das posições definidas democraticamente nos seus fóruns, a UGEIRM foi responsável por grandes conquistas. Desde o início a combatividade foi a marca da sua atuação.

Os últimos três anos foi um período particularmente difícil para os (as) Policias Civis. Atrasos constantes de salários, ataques à aposentadoria policial, uma crise histórica na segurança pública gaúcha e um profundo desrespeito aos profissionais que diariamente arriscam suas vidas para garantir a segurança da população gaúcha. Essa foi a tônica desse governo desde a sua posse. Porém, os (as) policiais civis gaúchos (as) resistiram bravamente a todos esses ataques.

Se temos poucos motivos para comemorar em relação a esse governo, por outro lado devemos celebrar a existência de uma entidade sindical como a UGEIRM. Somente pela existência de um sindicato forte e combativo é que conseguimos barrar boa parte dos ataques do governo Sartori/MDB. E o crescimento e consolidação dessa entidade só foi possível pela luta e trabalho diário de Escrivães, Inspetores, Investigadores e Comissários.

Não podemos esquecer da luta contra a reforma da previdência, lutamos contra uma gigantesca máquina de propaganda negativa e negociatas de toda a ordem mas conseguimos manter a previdência e a aposentadoria especial da policia.

Hoje é dia de relembrarmos nossas lutas e conquistas, reafirmando nossos princípios que nos mantiveram coerentes nesses 38 anos de vida. Foi a nossa luta que garantiu diversas conquistas para os policiais gaúchos, como a aposentadoria especial, inclusive a das mulheres, o pagamento da lei Britto, a complementação do risco de vida, mais conhecida como a longa luta pelos 222%, a histórica Tabela de Subsídios da segurança pública e a manutenção da sua implementação durante esse governo.

Seguiremos na defesa dos policiais e na luta por um novo modelo de segurança pública. Ainda temos um longo caminho a percorrer, como a luta por um plano de carreira moderno, data base e promoções mais justas. Por isso, a importância que esses 38 anos de luta sejam apenas o início dessa caminhada.

Vivemos tempos difíceis para os (as) policiais gaúchos (as), mas a UGEIRM confia na capacidade de luta e mobilização dos (as) Agentes da Polícia Civil do Rio Grande do Sul. Recentemente um inaceitável parecer da PGE congelou as publicações das aposentadorias na policia civil. Rapidamente, a categoria se mobilizou e fez com que a posição titubeante do governo fosse revista. Mais uma vez era a UGEIRM atuando na defesa dos interesses da categoria. Com nossa organização e mobilização conseguiremos superar as dificuldades que têm sido impostas por esse governo. Foi para isso que, em 1980, foi criada a UGEIRM: Se posicionar sempre em defesa e Escrivães, Inspetores, Investigadores e Comissários e garantir uma segurança pública de qualidade para o povo gaúcho.

Veja abaixo, a lista de presença da Assembleia de Fundação da UGEIRM