Vitória da categoria: Mobilização garante a reposição do subsídio! 

Foto_AG_capa_siteOs últimos meses tem exigido intensa mobilização e resistência dos servidores da Segurança Pública. O contingenciamento dos recursos coloca em cheque longos anos de luta em busca de valorização salarial e qualificação das condições de trabalho.

Mas como está garantido em lei, os contracheques de maio vieram com o pagamento da parcela de reajuste do subsídio para a Polícia Civil. Além disso, também foi incluído o pagamento da primeira parcela dos 15,76%, conquistados no governo passado.

O projeto de lei 67/2014 foi aprovado por unanimidade na Assembleia Legislativa no dia 8 de abril do ano passado. Servidores da Capital e de várias regiões do interior do Estado lotaram o Plenário para manter a isonomia salarial entre agentes e delegados. O reajuste deve ser concedido em duas parcelas anuais – 1º de maio e 1º de novembro – dos anos de 2015 e 2016, extensivo aos inativos e pensionistas.

A aprovação do PL foi resultado de várias rodadas de discussões e audiências. Foram cinco meses intensos de mobilização. A direção da UGEIRM atuou intensamente para conquistar o reajuste e impedir a injustiça que estava preste a se consolidar, o aumento do fosso salarial entre as carreiras que compõem a Polícia Civil gaúcha.

Intensificar a mobilização

O pagamento do subsídio, com certeza, foi uma conquista da mobilização dos agentes que paralisaram 100% das DPs no dia 28 de abril. Foi um dia histórico. A unidade com os demais servidores da Segurança também foi um fator importante para garantir o pagamento. “Se o governo Sartori não cumprir a lei, todos estamos autorizados a não cumprir”, diz o documento assinado por várias entidades da segurança pública.

Mas a pressão deve continuar. O próximo passo é lotarmos a Assembleia Geral no dia 8 de junho em Porto Alegre. O objetivo é debater a reedição de atos públicos de grande porte como os realizados em 1997 e 2004, em conjunto com as demais categorias da Segurança Pública. “Vamos denunciar a crise da Segurança Pública e a violência crescente. Também não estão descartadas novas paralisações com um número maior de dias”, destaca o presidente da UGEIRM, Isaac Ortiz.

Os policiais devem reunir nas suas respectivas regiões para retirada de propostas a serem avaliadas no dia da assembleia geral. Deve ser intensificado o contato com as lideranças políticas do RS. Parlamentares estaduais e federais, vereadores e prefeitos devem ser estimulados a cobrar uma posição do governo sobre a convocação dos 650 aprovados no último concurso para a polícia civil, a publicação das promoções em atraso e o restabelecimento do pagamento das horas extras.