Bloco da Segurança alerta passageiros do aeroporto sobre violência

img_capa_siteNa manhã desta sexta-feira (14), as entidades que compõem o Bloco da Segurança Pública, fizeram uma atividade no aeroporto internacional Salgado Filho, em Porto Alegre. Portando faixas e distribuindo panfletos, os manifestantes alertavam os passageiros que chegavam à Porto Alegre, sobre o risco que é viver hoje em Porto Alegre.

As entidades já tinham realizado uma atividade no aeroporto Salgado Filho, no início do mês de junho. Porém, após o acontecimento de dois crimes graves nas dependências do aeroporto, as entidades resolveram voltar ao local, como uma forma de denunciar a situação caótica que se encontra a segurança pública no nosso estado. No mesmo mês de junho, uma funcionária, Minéia Sant’Anna, foi sequestrada dentro do aeroporto e assassinada após sair do trabalho. Em setembro, aconteceu o crime que espantou todo o país, Marlon Roldão foi executado no saguão do aeroporto, em plena luz do dia, com 17 tiros.

img_site_aeroporto“Estivemos aqui fazendo um protesto, conversando com as pessoas, para dizer que esse Estado não tinha mais segurança pública, e aconteceram dois crimes bárbaros no aeroporto. Uma funcionária foi morta após ser sequestrada aqui dentro e o caso daquele menino que recebeu vários disparos no saguão do aeroporto. Isso é sinônimo de insegurança, de falta de uma política de segurança pública. Ninguém tem o direito de chegar numa área pública e disparar diversas vezes. Pode ser briga de facção, de vizinho, de quem for. Se isso acontece, é porque não existe um projeto de segurança pública no Estado. Ainda temos que dar graças a Deus que mais pessoas não foram atingidas com aquela quantidade de tiros que foram dados”, afirma Ortiz, se referindo ao adolescente assassinado no saguão.

Protestos por mudança na política de segurança pública vão continuar

As entidades do Bloco da Segurança Pública garantem que vão continuar realizando protestos pela mudança na política de segurança pública do governo Sartori/PMDB. O presidente da Ugeirm, Isaac Ortiz, afirma que a Ugeirm se reuniu recentemente com o novo secretário de Segurança, Cezar Schirmer, e cobrou mudanças na política do governo. “Dissemos a ele que não adianta ter boas intenções na Secretaria de Segurança se o governo não mudar sua política. Quem tem que mudar é o governo, não é o secretário. Todo o secretário que entra tem boas intenções”, afirma. “Por enquanto, nada mudou, continua a austeridade com relação à segurança, continua chamando os concursados aos pouquinhos, continua não discutindo com a sociedade essa crise de segurança pública”, complementa.

“Precisamos que a sociedade encampe verdadeiramente essa cobrança. A mudança da política do governo Sartori/PMDB é a única forma de contermos essa epidemia de violência que tem levado tantas vidas no nosso estado. Até o fim do ano, serão mais de 5.000 mortes violentas desde o início do governo Sartori/PMDB. Não podemos mais ficar calados diante de uma tragédia desse tamanho. Não podemos nos omitir diante de uma política que está levando o nosso estado a ser conhecido nacionalmente como um dos locais mais violentos do país. Ou nos manifestamos agora, ou toda uma geração estará comprometida pela violência”, conclui Ortiz.