Em reunião com a UGEIRM deputado Jeronimo Goergen declara que assinou Emenda da COBRAPOL

A UGEIRM realizou, na manhã desta sexta-feira (02), uma reunião com o deputado federal Jeronimo Goergen, para debater a tramitação da PEC 32 no Congresso Nacional. A direção da UGEIRM apresentou ao deputado Jeronimo Goergen o seu posicionamento contrário à proposta de Reforma Administrativa. Os dirigentes do sindicato, também expuseram a importância da assinatura da Emenda da Cobrapol, que inclui os policiais entre as carreiras típicas de Estado, como uma forma de garantir à categoria o direito à estabilidade.

O parlamentar reconheceu a importância da discussão da PEC 32 e garantiu a assinatura da Emenda Cobrapol. De acordo com o deputado, a carreira policial tem que ser reconhecida como uma atividade típica de Estado, pois a sua autonomia é fundamental para a manutenção do Estado de Direito no país. Retira a estabilidade dos policiais, é colocar em risco a capacidade do Estado em investigar e combater a corrupção.

Participaram da reunião, representando a UGEIRM, o Presidente do sindicato, Isaac Ortiz, a 2ª Vice-presidente, Neiva Carla, e o Diretor Financeiro, Cladio Wohlfahrt, além do Presidente do Sinpol/RS, Mário Flanir. A direção do sindicato prosseguirá na sua mobilização pela rejeição completa da PEC 32. Paralelo a isso, continuará buscando assinaturas de apoio à Emenda da Cobrapol, buscando garantir a manutenção da estabilidade aos (às) Policiais Civis.

Não é uma Reforma é o fim do Serviço Público

Entre vários ataques, que têm como objetivo a desestruturação total dos serviços públicos e a colocação do Estado a serviço dos interesses privados, alguns se destacam. Abaixo listamos alguns deles.

Mais de 200 mil Cargos nas mãos dos políticos – Estudos do próprio Senado Federal, calculam em mais de 200 mil a quantidade de Cargos Comissionados que ficarão liberados para nomeações por parte de políticos em todas as esferas, caso a PEC 32 seja aprovada. Isso poderá significar um dos maiores aparelhamentos do Estado brasileiro na história. Com isso, a sociedade brasileira regredirá ao que tínhamos antes da Constituição de 1988.

Setores privilegiados ficaram de fora da PEC32 – A Reforma Administrativa não atinge em nenhum aspecto os segmentos mais privilegiados do serviço público. O Judiciário, os militares, o Ministério Público e os políticos, que significam os maiores vencimentos do serviço público, ficaram de fora da Reforma. Ela vai atingir em cheio, principalmente, os serviços que a população mais necessita, como educação, saúde e segurança pública. Ou seja, o discurso de que a Reforma pretende racionalizar o Serviço Público, não passa de um grande engodo. Os grandes salários, como dos políticos, continuarão preservados, como em todas as reformas realizadas até hoje.

Fim da estabilidade – Os trabalhadores da Segurança Pública serão atingidos diretamente. Com a retirada dos policiais das carreiras típicas de Estado, a categoria terá como consequência o fim da estabilidade. Isso significará um tiro de morte no combate à corrupção. Sem estabilidade, qual policial terá tranquilidade para tocar em frente um inquérito que atinja algum governante?

Fim das Promoções por antiguidade – Outro ataque aos Policiais é o fim das promoções por antiguidade. Hoje as promoções já são um problema na Polícia Civil, por não existir um regramento que garanta justiça nas promoções por merecimento. O fim das promoções por antiguidade vai tornar essa realidade ainda pior.