UGEIRM debate mobilização contra a PEC32 e por reajuste salarial com Policiais de Santo Ângelo, Santa Rosa e Giruá

A direção da UGEIRM, dando prosseguimento ao seu giro pelo interior do estado, esteve nas cidades de Santo Ângelo, Santa Rosa e Giruá para debater, com a categoria, as estratégias de enfrentamento à PEC 32 e a organização da luta pela reposição salarial. O vice-presidente do sindicato, Fabio Castro, e o seu diretor financeiro, Cladio Wohlfahrt, representaram a UGEIRM nas reuniões.

Mês de setembro será fundamental para derrotar a PEC32

Com uma grande presença dos (as) Policiais nas reuniões, a direção da UGEIRM deu uma série de informes sobre a tramitação da PEC32 no Congresso Nacional e sobre a mobilização nacional dos Servidores Públicos contra a proposta da reforma administrativa. Os dirigentes do sindicato apresentaram aos policiais as sérias consequências para a Polícia Civil, caso a proposta do governo Bolsonaro seja aprovada no Congresso Nacional. Nas cidades, os (as) Policiais Civis demonstraram uma grande disposição para a mobilização, com os policiais se colocando à disposição para as novas mobilizações convocadas pelo sindicato.

Reposição salarial é o principal foco da categoria no próximo período

Outro ponto discutido nas reuniões, foi a reposição salarial dos (as) Policiais Civis. Nas três cidades, foram discutidas várias ações em relação à questão, visto que a categoria registra uma grande defasagem salarial, decorrente dos mais de três anos sem nenhum tipo de reposição salarial. Foi consenso de que a principal bandeira do sindicato, para o próximo período, deve ser a reposição da inflação de 14,68%, registrada desde dezembro de 2018. Nas reuniões também foi levantada a possibilidade, dependendo da resposta do governo em relação à reposição salarial, da realização de ações mais contundentes, como uma forma de sensibilizar o governo e demonstrar para a população a realidade vivida pelos Policiais Civis gaúchos.

Déficit de pessoal se agrava e já está afetando funcionamento das DPPAs

Aproveitando a visita às cidades, a direção da UGEIRM também fez contato com os integrantes do movimento dos aprovados no último concurso da Polícia Civil. Durante as visitas às DPPAs das cidades, uma das principais reivindicações dos (as) Policiais foi a reposição imediata de pessoal. Tanto em Santo Ângelo, quanto em Santa Rosa e Giruá, a realidade verificada pela direção do sindicato é de uma situação limite, no que diz respeito ao efetivo da instituição. É consenso de que, se não ocorrer uma ação imediata do governo no sentido de reposição do efetivo, os serviços prestados à população serão seriamente comprometidos.

Frente a essa realidade, a direção da UGEIRM se comprometeu em realizar um movimento de convencimento dos parlamentares da região, como uma forma de pressionar o governo para a convocação imediata dos aprovados no último concurso.

Operação em Giruá demonstra trabalho da Polícia Civil no interior

Durante a sua visita ao interior, a direção do sindicato se informou de forma mais aprofundada sobre a Operação Encarnado, realizada pelos (as) Policiais Civis das cidades da região. A operação contou com a participação de 78 policiais civis da 13ª Região Policial e da DRACO de Santa Rosa, além de 24 Policiais Militares e de Policiais Penais da SUSEPE de Santo Ângelo. Como resultado das investigações da PC, que duraram mais de três meses, foram cumpridos 21 mandados de busca e 19 mandados de prisão, sendo efetuadas 15 prisões ao final da operação.

O Diretor Financeiro da UGEIRM, Cladio Wohlfahrt, destaca o significado dessa operação: “Essa Operação da Polícia Civil do interior, demonstra o trabalho destacado desses policiais que, muitas vezes, não tem a visibilidade merecida, mas que também contribuem de forma decisiva para a diminuição acentuada dos índices de violência do estado”. Cládio prossegue, informando que “essa é a primeira de uma série de ações da UGEIRM, que acompanhará e divulgará o trabalho dos colegas pelo estado, seja no interior, na capital ou na região metropolitana, como uma forma de mostrar ao governo o valor do trabalho da Polícia Civil em todo o estado. Mesmo com um déficit histórico de pessoal e sem reposição salarial há mais de três anos, a Polícia Civil foi fundamental para a redução da violência no RS aos seus menores níveis dos últimos anos. Não é possível que o governador Eduardo Leite continue ignorando essa realidade e prossiga negando o justo direito de reposição salarial da categoria”.